Neto Evangelista (DEM) ganha apoio do PDT e do PSL e turbina sua candidatura à Prefeitura de São Luís
Neto Evangelista e Weverton Rocha: aliança DEM/PDT firmada que inclui também o PSL, articulada por Juscelino Filho com Chico Carvalho e Antonio de Rueda, do comando nacional do partido.
O deputado estadual Neto Evangelista (DEM) protagonizou ontem o primeiro grande movimento político-partidário para consolidar seu projeto de candidatura à Prefeitura de São Luís. Em eventos diferentes, um à tarde com a cúpula do PSL e outro à noite o comando do PDT, ele recebeu declarações de apoio dos dois partidos, o que lhe garantiu a montagem de uma forte base política e eleitoral, e ainda uma campanha com o que poderá ser o maior tempo no rádio e na TV para a propaganda eleitoral. Com os atos partidários – o do PSL capitaneado pelo vereador Chico Carvalho, e o do PDT comandado pelo senador Weverton Rocha -, Neto Evangelista – que apareceu na JPesquisa em terceiro lugar, com 9% das intenções de voto -, sai na frente na definição de alianças e na construção de um lastro que dará um grande impulso à sua candidatura.
O lastro partidário montado por Neto Evangelista pode lhe assegurar um desempenho eleitoral capaz de credenciá-lo para ser o adversário do candidato do Podemos, Eduardo Braide, se a eleição for decidida em dois turnos, como está sendo desenhado. Para começar, o DEM, o PDT e o PSL são agremiações com representação eleitoral expressiva em São Luís. Mobilizados em torno de um candidato, essa aliança partidária reúne poder de fogo eleitoral capaz de embalar fortemente o candidato. E esse embalo poderá ganhar intensidade se se confirmar a entrada do MDB na aliança, um movimento que está em curso.
Para começar, o PDT é, de longe, o partido com maior enraizamento em São Luís, um domínio construído por Jackson Lago, que nos 10 anos em que foi prefeito, montou uma militância que ainda hoje exibe musculatura em períodos eleitorais, tendo sido decisiva, por exemplo, nas duas eleições do hoje pedetista prefeito Edivaldo Holanda Júnior, em campanhas fortalecidas por vereadores como Ivaldo Rodrigues, Pavão Filho Raimundo Penha, por exemplo. O DEM, se não tem uma militância volumosa e agressiva como a do PDT, cultiva bolsões de prestígio, reunindo assim reforço político importante para a candidatura. E finalmente o PSL, que contribui com o maior tempo de rádio e TV, além do prestígio político e eleitoral dos vereadores Chico Carvalho, que preside a legenda, e Isaías Pereirinha, que conhecem o caminho das pedras eleitorais da Capital.
Neto Evangelista vem dando seguidas demonstrações de que aprendeu muito na escola do seu pai, o deputado João Evangelista, que dominou a cena na Câmara Municipal de São Luís nos anos 80 e 90 do século passado e também na Assembleia Legislativa na década passada. Com a experiência de quem vem sendo bem votado na Capital, e que já disputou eleição majoritária como candidato a vice do prefeito João Castelo em 2012, Neto Evangelista soube se posicionar nesse cenário, cultivando relações importantes, como a que o liga ao senador Weverton Rocha, que lhe deu o apoio do PDT, e ao presidente do Poder Legislativo, deputado Othelino Neto (PCdoB), um dos mais importantes incentivadores do seu projeto de candidatura. Mantém também espaço junto ao governador Flávio Dino, de quem foi secretário de desenvolvimento Social bem avaliado.
Neto Evangelista tem três desafios bem visíveis pela frente. O primeiro é suplantar o candidato do Republicanos, deputado Duarte Júnior – que até aqui apareceu em segundo lugar nas pesquisas -, com o que se credenciará para ser o adversário de Eduardo Braide num provável segundo turno. O outro será “segurar” o crescimento do deputado federal Rubens Júnior, cuja candidatura será turbinada pela aliança do seu partido, o PCdoB, com o PT. O terceiro será conquistar o apoio do prefeito Edivaldo Holanda Júnior, que tem demonstrado não simpatizar com esse projeto. O candidato do DEM deve estar preparado para o embate direto, primeiro com os dois candidatos do seu campo dos quais precisa se afastar, e depois com o líder das preferências, Eduardo Braide, que saiu das urnas eleito deputado federal com mais de 140 mil votos em São Luís.
As condições político-partidárias que precisava para turbinar seu projeto de ganhar a prefeitura de São Luís lhe foram dadas ontem com a declaração de apoio do PDT e do PSL. Cabe a ele agora fazer a sua parte.
Texto do www.reportertempo.com.br
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