Bolsonaro é alvo de buscas da PF e passará a usar tornozeleira



A Polícia Federal (PF) cumpre mandados contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na manhã desta sexta-feira (18/7) em Brasília. Os mandados foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e estão sendo cumpridos na casa do ex-presidente e em endereços ligados ao Partido Liberal (PL), legenda de Bolsonaro.

Estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão. Bolsonaro passará a usar tornozeleira eletrônica e não poderá acessar redes sociais. Além disso, o ex-presidente terá que cumprir o recolhimento domiciliar de 19 horas às 7 horas, não poderá se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros e nem com outros réus e investigados pelo STF.

Prédio onde fica a sede do PL em Brasília

Nesta semana, a Procuradoria-Geral da República pediu, ao STF a condenação de Jair Bolsonaro e mais sete ex-integrantes do seu governo por tramarem um golpe de Estado. Foi aberto um prazo de 15 dias para que as defesas dos réus apresentem argumentos em relação à decisão da PGR. Esta é a última etapa antes do julgamento pela Primeira Turma da Corte.

Aliados contestam operação

 
O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara dos Deputados, contestou a operação da Polícia Federal e disse que "não há crime, não há condenação, não há prova". "Isso não é justiça. É censura.É a tentativa desesperada de calar quem ainda representa milhões.Enquanto corruptos são soltos, um ex-presidente é vigiado como bandido", afirmou Sóstenes.

O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) chamou a operação de "perseguição implacável". "Um dia após a publicação da carta de Trump, eis que dobram a aposta. O STF determina mais uma busca e apreensão em Bolsonaro e medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e proibição de conversar com diplomatas", citou. 


Oposição se manifesta

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara dos Deputados, se manifestou sobre a operação e disse que o uso de tornozeleira eletrônica "é uma medida fundamental para impedir que ele [Bolsonaro] fuja do Brasil".

O deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP), celebrou a operação. "A hora da verdade está chegando. Tic, tac", escreveu.

A internet continua repercutindo a decisão do ministro Alexandre de Moraes.

 

Fonte: Correio Braziliense






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