'Não tem cabimento bandidos cometerem um crime e resolvê-lo', diz Cappelli antes de encontro com governador do Rio

Secretário-executivo do Ministério da Justiça comentou a notícia de que os corpos de quatro homens suspeitos da
 execução na Barra da Tijuca terem sido encontrados em dois carros.



Horas antes de encontro entre o governador Cláudio Castro e o representante do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli — que é secretário-executivo da pasta — comentou a morte dos médicos no Rio, durante entrevista à GloboNews na manhã desta sexta-feira. Ele falava sobre o caso dos médicos mortos na orla da Barra da Tijuca, que teve os suspeitos da execução encontrados mortos dentro de dois carros ainda na última noite.

— O Brasil possui leis, possui regras, tem um estado de direito que precisa e será respeitado. Não tem cabimento a gente dizer que organizações criminosas cometem um crime e elas mesmas resolvem esse crime. A Polícia Federal acompanha as investigações, não só acompanha como colabora, e a gente espera cooperar para a elucidação desse caso o mais rápido possível — disse Ricardo Cappelli, ao ser questionado sobre o desdobramento do caso.

O secretário-executivo do Ministério da Justiça detalhou, no entanto, que não falará sobre a investigação enquanto ela estiver em curso, para "não atrapalhar". Ele acrescentou que a Polícia Federal colabora com as investigações, por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os médicos Diego Ralf Bonfim, 35, Marcos de Andrade Corsato, 62, e Perseu Ribeiro de Almeida, 33, foram mortos a tiros durante a madrugada desta quinta-feira, em um quiosque na orla da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O grupo estava sentado em uma mesa, quando, a 1h da manhã, três homens desceram de um carro e fizeram 33 disparos com pistolas. Perseu teria sido confundido com um miliciano, com quem parece fisicamente.

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Além dos três mortos, outra vítima é o também médico Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos, que sobreviveu. Ele passou por cirurgia durante a tarde desta quinta-feira e foi transferido para um hospital particular, também na Barra.

Ainda ontm a noite, os quatro suspeitos da execução foram encontrados mortos em carros. Entre os identificados pela Polícia Civil estão Philip Motta Pereira, o Lesk, e Ryan Soares de Almeida. Os outros dois ainda não tiveram a identidade revelada.

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Por Extra — Rio de Janeiro



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