Rodrigo Lago repudia intervenções do Telegram na democracia brasileira



Segundo o deputado, a plataforma Telegram violou os termos de uso, uma vez que usou dados dos usuários para anúncio direcionado. Enfatizou ainda que a internet não pode ser terra sem lei




Na sessão plenária de ontem quarta-feira (10), o deputado Rodrigo Lago (PCdoB), primeiro vice-presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, usou a tribuna para repudiar as intervenções das plataformas internacionais de tecnologia na democracia brasileira e os ataques às instituições do país, como fez o Telegram na última terça-feira (9), ao disparar para seus usuários mensagens contra o PL 2630/2020, apelidado de ‘PL das Fake News’.

Segundo o deputado, a plataforma Telegram violou os termos de uso, uma vez que usou dados dos usuários para anúncio direcionado.

“O aplicativo usou meus dados pessoais para direcionar a mim um anúncio que quer interferir na minha forma de pensar, na minha forma de agir e ainda convida todos os usuários dessa plataforma a atacarem, a pressionarem os seus deputados federais, seus senadores, seus congressistas, a votarem contra esse projeto de lei”, argumentou Rodrigo Lago.

Justiça

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, comentou esse caso envolvendo o Telegram em suas redes sociais. “‘A democracia está sob ataque no Brasil’. Assim começa um amontoado absurdo postado pela empresa Telegram contra as instituições brasileiras. O que pretendem? Provocar um outro 8 de janeiro? Providências legais estão sendo tomadas contra esse império de mentiras e agressões”, comentou Dino.

O Telegram tem enfrentado embates com a Justiça brasileira. Segundo autoridades, a plataforma não tem cumprido pedidos judiciais sobre identificação de usuários em grupos neonazistas no aplicativo.

"A internet não pode ser terra sem lei. Não podemos permitir o livre uso de armas letais, nem de armas digitais", afirmou Rodrigo Lago.


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