ASSISTA: Prefeito de Carolina no MA leva mulher pro motel, e realiza aborto sem consentimento da vítima
Por Fantástico
Vítima disse ao Fantástico que caiu em uma armadilha: 'Quando eu olhei para ele já via tudo embaçado'.Erivelton Teixeira, atual prefeito de Carolina, é médico e
virou réu pelo caso. Vítima disse ao Fantástico que caiu em uma armadilha:
'Quando eu olhei para ele já via tudo embaçado'.
O atual prefeito de uma cidade do Maranhão, um médico, está
sendo acusado na Justiça de praticar um aborto ilegal, sem o consentimento da
vítima, com quem ele tinha um relacionamento.
Segundo a investigação, o caso aconteceu dentro de um motel, sem condições de higiene para o procedimento. A vítima disse ao Fantástico que caiu em uma armadilha. Agora, seis anos depois, Erivelton Teixeira é réu.
Entenda o caso:
Augustinópolis é uma cidade de quase 20 mil habitantes na
região do Bico do Papagaio, a ponta mais ao norte do estado do Tocantins.
Foi lá que um casal marcou um encontro em março de 2017. Era
a primeira vez que os dois iam se encontrar depois de saberem que seriam pais.
“Estranhei, porque a gente se hospedava sempre no mesmo
hotel. Sempre ia para o mesmo hotel, e ele me levou pra esse motel”, conta
Rafaela Maria Santos.
Erivelton Teixeira Neves, também conhecido como doutor
Erivelton, é prefeito de Carolina (MA), cidade perto de Augustinópolis. Na
época, ele estava em seu primeiro mandato.
Como também é médico e atendia na região, ele costumava
andar com um aparelho de ultrassom portátil. O combinado era que ele examinaria
Rafaela no quarto de motel.
Fazer o exame de ultrassom foi apenas uma desculpa para
atrair Rafaela para uma armadilha. Segundo o Ministério Público do Tocantins, o
que aconteceu depois foi um aborto, sem o consentimento da gestante.
Rafaela levou nove meses para registrar um boletim de
ocorrência. Segundo o documento, Erivelton Teixeira a teria sedado com o
pretexto de que ia fazer um exame de sangue. Ela conta que a primeira dose de
sedativo não fez efeito, e que o prefeito inventou que o sangue tirado não
tinha sido suficiente.
“Na segunda vez foi horrível. Eu senti como se minha garganta fechasse ou alguém me apertasse. E eu olhei para ele e falei: ‘Eu não estou me sentindo bem’. Foi quando eu olhei para ele e já via tudo embaçado”, diz Rafaela.
A polícia acredita que o prefeito tenha realizado ele mesmo o aborto no motel.
“Não houve qualquer divergência entre as testemunhas. Não
há, por parte da Polícia Civil, dúvida de que aconteceu ali um aborto”, destaca
Daniela Caldas, delegada.
Outro suspeito de ter participado do crime é o vereador
Lindomar da Silva Nascimento, que era o motorista de Erivelton Teixeira na
época.
“O efeito demorou a passar muito tempo. E, quando eu comecei
a acordar, eu estava dentro do carro, na estrada, voltando pra minha cidade, no
banco da frente. E eu escutei a voz de outra pessoa. Foi quando eu olhei para
trás e vi que o Lindomar estava no banco de trás”, conta Rafaela.
Em nota, a defesa de Erivelton Teixeira e de Lindomar Nascimento alega que seus clientes não foram notificados da ação penal e que tem total confiança em um veredito justo.
Nem o Conselho Regional de Medicina do Maranhão nem o do
Tocantins têm registro de Erivelton Teixeira como obstetra. Nenhum dos dois
conselhos respondeu ao pedido da reportagem sobre as denúncias contra o
prefeito de Carolina.
Créditos, e parabéns para a jornalista Regina Sousa da TVMirante afiliada globo no MA.
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