Rosário: Gestão de Calvet Filho vira alvo de inquérito na PF que investiga corrupção no MEC


Escândalo envolve pastores e ex-ministro da Educação Milton Ribeiro


O prefeito de Rosário, Calvet Filho (PSC), virou alvo de mais um inquérito da Polícia Federal. A investigação apura um possível repasse irregular de verbas do Ministério da Educação, mais especificamente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), para dois pastores que “intermediavam” valores com prefeitos de pequenas cidades.

A ação foi aberta após a Controladoria-Geral da União (CGU) fazer uma sindicância interna e detectar possíveis fraudes e corrupção nos repasses do MEC. Além dessa investigação, também foi aberta uma outra análise sob determinação da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), conforme decisão obtida pela reportagem do Maranhão de Verdade.
O foco da apuração será a eventual prática de crimes pelos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos em um suposto esquema de favorecimento indevido de prefeituras na liberação de recursos do Ministério da Educação.

Em nota à imprensa na semana passada, a CGU disse que sua apuração foi concluída em 3 de março e que sugeriu o encaminhamento do caso à Polícia Federal. O órgão, porém, não citou nominalmente os pastores nem relata detalhes sobre a investigação, que foi feita sob sigilo. A CGU informou que encontrou indícios da prática de crimes na oferta de propinas para liberar recursos do MEC, mas sem achar irregularidades por parte de agentes públicos.

No comunicado, a CGU explicou que sua apuração iniciou depois de o ex-ministro da Educação ter dito que havia solicitado ao órgão uma investigação sobre as suspeitas de que dois pastores, Arilton Moura e Gilmar Silva dos Santos, atuariam irregularmente para liberar recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Na semana passada, a imprensa divulgou uma série áudios obtido com exclusividade. Em uma das gravações, o ex-ministro Milton Ribeiro diz que prioriza a liberação de verbas a prefeituras cujos pedidos foram negociados pelos dois pastores.

No áudio, ele afirma ainda que faz isso atendendo a uma solicitação de Bolsonaro. Os pastores, que não têm cargo no Ministério da Educação, estariam desde o ano passado negociando com prefeituras a liberação de recursos federais da pasta.

Também na semana passa, em sua decisão que trata da abertura de inquérito, a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, a ministra Cármen Lúcia determinou a realização de oitivas com cinco prefeitos para esclarecimento do caso, entre os gestores que serão ouvidos e investigados, consta o nome do prefeito de Calvet Filho.



Fonte: MaranhaoTv

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