Deputados lamentam cancelamento de bonificação do Enem aos estudantes maranhenses


Marco Aurélio e Zé Inácio falaram sobre o cancelamento da bonificação de 20% no Enem garantida aos estudantes maranhenses para ingresso na UFMA

Os deputados Marco Aurélio (PSB) e Zé Inácio (PT) lamentaram, na sessão plenária desta terça-feira (8), o cancelamento da bonificação de 20% no Enem garantida aos estudantes maranhenses para o ingresso na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). A medida dava uma chance maior aos que fizeram o último ano do ensino fundamental e todo o ensino médio em escolas públicas e privadas do Estado.

“A maioria dos estudantes aprovados vem de outras regiões do país. A UFMA oferece vários cursos muito concorridos, como Medicina, que poderia estar formando profissionais que se dedicariam em mudar a realidade dos problemas daqui. No antigo formato, o estudante vinha e, na primeira oportunidade, transferia-se, ou, mesmo se ficasse, quando formava, ia embora sem mudar nada”, afirmou Marco Aurélio durante o Pequeno Expediente.

Segundo o parlamentar, apenas 20% dos estudantes de Medicina da UFMA de Imperatriz eram maranhenses, mas, a partir da implementação da bonificação, passou a ter de 60% a 70%. Para o deputado, políticas afirmativas como essas são importantes para corrigir distorções.

“Enquanto tivemos a bonificação, percebi a quantidade de estudantes maranhenses que poderiam não ter entrado na Universidade Federal e tiveram a oportunidade de estar em formação no seu estado. Estado em que eles vão ficar depois para morar, para viver e transformar. Perdemos uma grande oportunidade, mas quero dizer que esta luta continua viva”, enfatizou Aurélio.

Vitória histórica


Em discurso no Expediente Final, o deputado Zé Inácio acrescentou que a medida é uma vitória histórica da luta em favor da bonificação dos estudantes. “É importante que esta Casa se manifeste sobre a importância da bonificação aos maranhenses. Com ela, eles podem ter acesso à Universidade Federal. Além disso, evita que estudantes de outros estados concorram de forma desigual pelas vagas e, depois de formados, não fiquem no Estado”, disse.


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