Bolsonaro aposta na aprovação da PEC dos Precatórios, mas admite: ‘Vamos ter problema no Senado’

Bolsonaro afirmou ainda que não houve nenhum "Orçamento Secreto" para a liberação de verbas em troca de apoio à PEC dos Precatórios


O presidente Jair Bolsonaro acredita que a PEC dos Precatórios, em discussão na Câmara dos Deputados, deve ser aprovada em segundo turno. O texto, que recebeu 312 votos favoráveis em primeira votação, determina um limite aos pagamentos das dívidas reconhecidas da União, traz mudanças no teto de gastos e permite a abertura de R$ 83 bilhões no Orçamento de 2022 para o custeio do Auxílio Brasil. A expectativa é que a matéria seja colocada em pauta novamente ainda nesta semana, com grandes chances de aprovação. No entanto, o Bolsonaro reconhece: haverá desafios no Senado Federal. “Passou em primeiro turno, acho que passa no segundo, mas vamos ter problema no Senado. Por favor, um Brasil que projeta um excesso de R$ 300 bilhões não pode destinar mais R$ 30 bilhões para atender os mais necessitados? Um Brasil que no ano passado gastou, além do previsto, mais R$ 700 bilhões para atender as questões da pandemia, não pode gastar 30 bi para socorrer quem já passa necessidade?”, questionou o político, em entrevista à Jovem Pan Curitiba nesta segunda-feira, 8.

Bolsonaro afirmou ainda que não houve nenhum “Orçamento Secreto” para a liberação de verbas em troca de apoio à matéria e que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios não é do calote. Outro ponto que afeta a economia comentado foi o preço dos combustíveis. Na visão do presidente, uma das raízes da atual crise é o monopólio da estatal, o que seria resolvido com a privatização. “Para mim, o ideal é você ficar livre da Petrobras. Logicamente, privar para muitas empresas. Não pode tirar de uma monopólio estatal e colocar em um monopólio privado, tem que fatiar isso daí”, disse. Ainda sobre o o tema dos combustíveis, o político reclamou do valor da gasolina, afirmando que os altos preços são, atualmente, um dos maiores problemas da economia. “A gasolina sai a R$ 2,30 refinaria, ao longo do percurso, até você botar combustível na ponta da linha, tem o que se paga para os transportadores, a margem de lucro, o imposto federal de R$ 0,74 centavos e depois o ICMS, que é três vezes isso. O ICMS não incide sobre o preço da gasolina na refinaria, incide em cima do preço final da bomba, isso está errado.”

“Pode melhorar na Petrobras? Pode até porque os dividendos, no meu entender, são um absurdo. R$ 31 bilhões em três meses, eu não quero a parte da União tendo esse lucro fantástico”, afirmou. Para finalizar, Jair Bolsonaro comentou sobre a filiação do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, ao Podemos e sua possível candidatura à presidência da República nas eleições de 2022. “Você começa a entender um pouco mais as cosias, o que eu passei com o ministro. Ele sempre teve um proposta político, nada contra, mas fazia de forma camuflada. Ele tinha intenção de ir para o Supremo, no primeiro achei justo e depois passei a conhecê-lo um pouquinho melhor.”



Fonte: Jovem Pan

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