‘Nada acontecerá com as pessoas indiciadas’, diz Heinze sobre relatório de Renan na CPI

Durante a leitura do seu voto, Luis Carlos Heinze apresentará uma série de estudos sobre o uso da hidroxicloroquina no tratamento contra a Covid-19


O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), que integra a CPI da Covid-19, avalia que não houve avanços durante os quase cinco meses de depoimentos e apurações. Para o parlamentar, o relator da comissão, o senador Renan Calheiros, já iniciou os trabalhos com uma opinião formada. “Se pegarmos a fala do senador Renan Calheiros no primeiro dia das oitivas e pegarmos hoje, é praticamente a mesma coisa, tiveram poucos avanços. Infelizmente o G7 negou totalmente a investigação de temas importantes, como o desvio de dinheiro público em prefeituras e governos estaduais. Não quiserem aceitar as nossas ponderações”, iniciou Heinze em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan. O parlamentar do PP, assim como Eduardo Girão (Podemos-CE) e Marcos Rogério (DEM-RO), apresentará um voto separado.

Para ele, o relatório oficial de Renan Calheiros, que será apresentado nesta quarta-feira, 20, busca indiciar pessoas que fizeram um trabalho sério. Como exemplo, o parlamentar citou o ex-ministro Eduardo Pazuello, o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e da ex-secretária de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, Mayra Pinheiro. “Várias pessoas que fazem um trabalho sério, infelizmente, estão sendo indiciadas. Vários cientistas que se dedicaram ao tema. Quem é o Renan Calheiros para indiciar essas pessoas?”, questionou Heinze, que acredita que a maioria dos indiciados serão absolvidos pelo Ministério Público. “Vamos ver o que o Ministério Público vai fazer com cada um desses casos. Eu enho certeza que o MP vai examinar essas posições à luz da verdade e, seguramente, nada acontecerá com essas pessoas ou com grande parte delas”, opinou.

Heinze ainda defende que o documento de Calheiros é baseado em “narrativas” e afirma não haver crimes concretos contra o presidente Jair Bolsonaro e o seu governo. “Corrupção, por exemplo, é apenas uma narrativa, não existem fatos concretos contra o presidente Bolsonaro e governo. Não houve nenhuma compra de vacina, não houve nenhum dinheiro envolvido no processo”, frisa o senador sobre as compras da vacina contra a Covid-19 da empresa indiana Covaxin e do imunizante russo, Sputnik V. Luis Carlos Heinze informou, em primeira mão, que apresentará um conjunto de 294 estudos sobre o uso da hidroxicloroquina no tratamento contra a Covid-19. “Eu estou apresentando hoje 294 estudos com hidroxicloroquina. São 4723 cientistas e 412 mil pacientes. Eu tenho os resultados positivos desse tratamento. Eu tenho 137 [estudos] com ivermectina. Isso não vale nada? Eu quero dizer que quem é genocida são essas pessoas que negam tratamentos sérios e que custam barato”, finalizou o senador.



Fonte: Jovem Pan 

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