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A Câmara Municipal de São Luís se destaca com as proposições de seus parlamentares, em benefício da população maranhense e em atenção à população negra. Nesta quarta-feira (27), quando é celebrado o Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra. O foco da data é aumentar a visibilidade para as necessidades de saúde do segmento, que possui demandas específicas nessas áreas.
O Ministério da Saúde reconhece que algumas doenças genéticas ou hereditárias são mais comuns da população negra e exigem um acompanhamento diferenciado. Doenças como o Diabete melito (tipo II), a hipertensão arterial, miomas, deficiência de glicose 6 fosfato desidrogena e anemia falciforme, podem ser encontradas em frequências que variam de 2% a 6% na população brasileira em geral, e de 6% a 10% na população negra.
“Quando a gente fala de um dia destinado ao debate sobre a saúde da população, precisamos refletir por ainda não termos, na política pública de saúde, a garantia do atendimento específico à população negra, em situações como a anemia falciforme, por exemplo. Outras doenças surgiram e acabam tendo visibilidade maior, por também atingir a população branca, mas, as mais ligadas à população negra, não têm muita visibilidade. O Estado brasileiro precisa dar essa reposta”, frisou o co-vereador do Coletivo Nós, Eni Ribeiro.Os co-vereadores Eni Ribeiro e Flávia Almeida do Coletivo Nós (PT) falaram sobre a data./ Leonardo Mendonça
O Coletivo Nós se apoia em propostas que alcancem os segmentos mais vulneráveis social e economicamente, e a população negra se insere neste conjunto. Entre as iniciativas que beneficiam a população geral, mas com atenção especial à população negra, está o Projeto de Lei pela distribuição de absorventes nas escolas da rede municipal e postos de saúde. Outra proposta, que envolve vários parlamentares, é a Frente Parlamentar em Defesa de Políticas Públicas para Mulheres, com fins a levar informação e somar na promoção de políticas públicas para o segmento.
“Não é apenas para pessoas negras, mas, ao mesmo tempo, as mulheres, que estão em situação de vulnerabilidade e, no caso da pobreza menstrual, sabemos que são, em sua maioria, mulheres negras e das periferias. Assim como outras ações, acaba sendo também específico para um segmento da população, para a maioria dessas pessoas”, observa a parlamentar Flávia Almeida, do Coletivo Nós.
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