Câmara aprova cassação do mandato de Flordelis

Flordelis foi pessoalmente ao plenário se defender e reafirmou a inocência

Por 437 votos favoráveis, sete contrários e 12 abstenções, a Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira, 11, cassar o mandato da agora ex-deputada Flordelis (PSD-RJ), acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, em Niterói. Votaram contra os deputados: Carlos Gaguim (DEM/TO), Dimas Fabiano (PP/MG), Fausto Pinato (PP/SP), Glauber Braga (PSOL/RJ), Jorge Braz (Republicanos/RJ), Leda Sadala (Avante/AP) e Maria Rosas (Republicanos/SP). A agora ex-deputada perderá o cargo e ficará inelegível por causa da Lei da Ficha Limpa.

Flordelis foi pessoalmente ao plenário e, mais uma vez, negou que tenha cometido o crime e disse que os deputados se arrependerão do resultado. “Quando o tribunal do júri me absolver, vocês vão se arrepender de ter cassado uma pessoa que não foi julgada”, afirmou. “Caso saia daqui hoje, saio de cabeça erguida. Sei bem que sou inocente. Minha inocência será provada. Minha família está sendo injustiçada e sofrendo também. A Flordelis aqui está destruída, sem condições de estar aqui, mas precisei vir”, declarou. A agora ex-parlamentar ainda está em fase de julgamento e será submetida à júri popular.

Relembre

A pastora, acusada de ser mentora do assassinato do ex-marido, teria ficado insatisfeita com decisões tomadas por Anderson do Carmo, que geria o dinheiro da família. Ela nega qualquer participação no crime e continua a fazer publicações nas redes sociais afirmando que traça busca pela Justiça. Segundo polícia e Ministério Público do Rio de Janeiro, a ex-deputada federal foi responsável pelo planejamento do assassinato e só não foi presa porque tinha foro privilegiado. Outros filhos do casal foram presos acusados de participação do crime: Adriano, André, Carlos, Marzi e Simone. Uma neta de Flordelis, Raiane, também já foi detida acusada de envolvimento na morte. Lucas dos Santos também está preso acusado de ter comprado a arma do crime e cedido o revólver ao executor dos disparos.



Fonte: Jovem Pan

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