Depoimentos de testemunhas marcam 1º dia do júri popular de lucas porto; julgamento segue nesta quita-feira



RESUMO
  • Mariana Costa, sobrinha-neta do ex-presidente José Sarney, foi encontrada morta no apartamento onde morava em São Luís, em 2016
  • Lucas Porto, cunhado da vítima, confessou que matou Mariana motivado por uma atração que sentia por ela
  • Polícia Civil diz que Mariana Costa foi estuprada e morta por asfixia
  • Veja a cronologia dos fatos e o que se sabe até aqui
  • Julgamento chegou a ser iniciado em 24 de maio, mas foi remarcado após ausência da defesa de Lucas Porto
Ultimas atualizações

O Ministério Público contextualiza o depoimento da testemunha e pede que ele confirme algumas informações, que foram dadas em depoimento na época do crime.

A testemunha diz que viu Lucas Porto entrar no condomínio, ainda pela tarde, e aparentava estar normal e ficou por volta de 40 minutos no apartamento da vítima.

Logo depois, a testemunha diz que viu o réu sair do apartamento, sozinho, e aparentava estar muito agitado. Em seguida, afirma ter visto Porto fazendo uma ligação. Ao MP, ele confirma a movimentação.
há 12 horas

A testemunha diz que ajudou a socorrer Mariana logo após ela ter sido encontrada morta. Ele afirma que a vítima não chegou a esboçar nenhuma reação, estava completamente mole, e percebeu que havia uma mancha roxa no rosto da jovem.

Questionado pela defesa, ele explica sobre a movimentação de Lucas Porto pelas câmeras de segurança do condomínio, minutos após o crime.

DEPOIMENTO DA QUARTA TESTEMUNHA

Começa o depoimento da quarta testemunha, Ivaldo Corrêa. Ele foi arrolado pela defesa de Lucas Porto e é morador do prédio onde Mariana Costa morava, no bairro Turu.

A próxima testemunha será ouvida.

Ele pediu ao juiz dispensa como testemunha, alegando que a esposa está em uma gravidez de risco e os filhos estão doentes. O pedido foi negado pelo juiz.

Entretanto, após uma consulta a defesa e acusação, o juiz priorizou o depoimento dele que deve acontecer ainda hoje.

Encerra o depoimento do médico cardiologista João Batista.

O MP questiona o médico cardiologista se no momento de atendimento a Mariana Costa, devido a tentativa de salvamento da vida da vítima, poderia ser possível constatar marcas de agressões nela e a causa da morte determinado pelo laudo pericial.

O cardiologista diz que a causa determinada pelo laudo pericial, morte por asfixia, não poderia ser determinado pelo exame médico e nas manobras de salvamento que ele fez em Mariana Costa no hospital.

O Ministério Público agora faz questionamentos ao médico cardiologista. Quando perguntado se a causa da morte de Mariana Costa poderia ter sido natural, o médico diz que não foi natural devido as circunstâncias do estado de saúde da vítima.

O médico cardiologista afirma que não percebeu nenhum sinal de violência no pescoço de Mariana Costa, logo após o atendimento médico. Segundo João Batista, ele seguiu o atendimento padrão do caso e encaminhou o caso para o IML, devido a suspeita em relação as causas da morte.

A defesa do réu exibe a gravação do depoimento do médico cardiologista João Batista, feito na primeira sessão de instrução do caso.

O médico cardiologista disse que no dia da morte de Mariana Costa, Lucas Porto que estava no hospital, chegou a fazer algumas perguntas a ele sobre o que poderia ter acontecido com a ex-cunhada.

O médico cardiologista continua sendo questionado pelo advogado de defesa de Lucas Porto sobre as circunstâncias do atendimento médico feito em Mariana Costa na noite do crime.

Ele diz que após constatar a morte de Mariana, ele optou por enviar o corpo da vítima para o Instituto Médico Legal (IML) para exames. Ele explica que tomou a decisão após o testemunho da vizinha de Mariana, que socorreu ela.

Segundo o médico, a vizinha afirmou que Mariana foi encontrada por ela deitada na cama com o travesseiro no rosto e por isso, a circunstâncias da morte da publicitária seriam suspeitas.

Um dos advogados de defesa de Lucas Porto questiona sobre os procedimentos adotados pelo médico cardiologista durante o processo de reanimação de Mariana Costa. Ele explica que devido ao estado de saúde da vítima, uma manobra de reanimação foi realizada e logo depois foi constatada morte de Mariana.

O médico também é questionado se ele sabia que Mariana Costa era sobrinha-neta do ex-presidente José Sarney ainda no momento de reanimação. Ele diz que só ficou sabendo quem era a vítima após a chegada da polícia, muitos minutos após o atendimento.

Terceira testemunha do caso Mariana Costa é ouvido pelos advogados de defesa de Lucas Porto. (Foto: Rafaelle Fróes/G1)

DEPOIMENTO DA TERCEIRA TESTEMUNHA

Começa o depoimento da terceira testemunha, o médico cardiologista João Batista. Ele estava de plantão no hospital privado em que Mariana Costa deu entrada após o crime e atendeu a vítima.

Encerra o depoimento da segunda testemunha de acusação definida pelo Ministério Público. Em instantes, será ouvida a terceira testemunha que é de defesa.

O advogado de defesa de Lucas Porto pergunta ao médico legista sobre os sinais de defesa que podem ser identificados em casos de estupro. Ele questiona se as lesões identificadas no corpo de acusado, pelo laudo pericial, podem ser clássicas em relação ao caso de estupro sofrido por Mariana Costa.

O médico legista explica que não se pode afirmar nem descartar, devido ao tamanho da lesão. Entretanto, reforça que não há sinais clássicos de lesão de agressores de casos de estupro e exemplifica que escoriações e equimoses podem aparecer.

Defesa de Lucas Porto faz questionamentos ao médico legista. (Foto: Rafaelle Froés/G1MA )

O MP pergunta sobre o laudo do corpo de delito, feito na vítima e que havia sido questionado pela defesa de Lucas Porto. Ele confirma a autoria do laudo que foi feito em 13 de novembro de 2016.


DEPOIMENTO DA SEGUNDA TESTEMUNHA

Começa o depoimento de José Ribamar Wanderley, segunda testemunha arrolada pelo Ministério Público. Ele é médico legista começa a ser questionado pelo promotor Marco Aurélio.

Lucas Porto fala durante julgamento em que é réu pelo assassinato da publicitária Mariana Costa (Foto: Reprodução/TV Mirante)

Primeira testemunha a ser ouvida será o Dr. Hamilton Raposo, médico psiquiatra do Hospital Nina Rodrigues e médico perito criminal, que realizou um dos laudos de sanidade mental em Lucas Porto.

Por se tratar de uma parte do processo que corre em segredo de justiça, o juiz pediu que o público se retirasse da sala.

Por conta disso, este depoimento não será acompanhado em tempo real.

Acabou o depoimento da primeira testemunha. Em instantes, a sala deve ser liberada para a entrada do público e a imprensa.

Antes do início do depoimento das testemunhas, um dos advogados de defesa de Lucas Porto, Arildo de Paula, pediu ao juiz que a família e amigos retirassem as camisetas com a foto da Mariana Costa, por entender que poderia influenciar no julgamento do júri.

O Ministério Público diz que não vê problema e nem razão para não uso das camisetas, já que não interfere em nada no julgamento do caso.

O juiz não aceitou a manifestação da defesa de Lucas Porto.

SUSPENSÃO DA SESSÃO

O juiz suspendeu a sessão por 30 minutos para uma parada para o almoço.

SORTEIO DOS JURADOS

Começa o sorteio dos jurados que vão compor o Conselho de Sentença do caso. Eles deverão ficar incomunicáveis durante a sessão e não devem demonstrar suas opiniões explícitas em relação ao caso.

DEPOIMENTOS

As testemunhas do caso e os jurados foram retirados da sala do júri e levados para um local separado, onde será realizado o sorteio da ordem dos depoimentos.

Lucas Porto foi ouvido no plenário pelo juiz e deu autorização para que o advogado Aldenor Rebouças seja um dos seus representantes no júri. Aldenor Reoubças não estava inicialmente apontado como representante no processo.

O acusado não usa uniforme do Sistema Penitenciário do Maranhão, após um pedido da família dele por meio de uma ação judicial.

LUCAS PORTO ESTÁ PRESENTE NO FÓRUM

O Ministério Público afirma que não se opõe a presença das filhas adolescentes de Mariana Costa.

Sobre as testemunhas:

Ao todo, são seis testemunhas arroladas pelo Ministério Público, oito testemunhas arroladas pela defesa, três testemunhas arroladas tanto pela defesa quanto pelo Ministério Público e seis assistentes técnicos.

JULGAMENTO VAI COMEÇAR

O juiz do caso, José Heluy, não aceitou qualquer alegação de suspeição da defesa.

Caso Mariana Costa: acompanhe o 1º dia do júri popular de Lucas Porto (Foto: Rafaelle Fróes/G1)


JUIZ RESPONDE

O juiz do caso, José Heluy, disse que em relação a suspeição dele, o advogado de defesa é "a única pessoa que demonstra caráter odioso em relação aos autos". O juiz reafirmou que não tem carinho, nem apreço a ninguém da família. E nunca teve nenhum contato com a família da vítima em momentos de lazer.

DEFESA TAMBÉM PEDE SUSPEIÇÃO DE PROMOTOR

Agora, a defesa do réu também pede a suspeição do promotor de justiça, alegando que também deve-se ter isenção em relação ao caso. Segundo um dos advogados de defesa de Lucas Porto, não há justificativa para que o MP tenha trazido promotores de Justiça de outros municípios para atuarem em São Luís.

Caso Mariana Costa: acompanhe o 1º dia do júri popular de Lucas Porto (Foto: Rafaelle Fróes/G1)


DEFESA PEDE SUSPEIÇÃO DO JUIZ

Neste momento, o juiz José Ribamar Goulart Heluy Júnior começa o sorteio dos jurados.

Um dos advogados de Lucas Porto pede a suspeição do juiz, sob alegação de que o magistrado demonstrou interesse ambíguo pela família da vítima, devido a repercussão do caso.

Segundo um dos advogados de defesa de Lucas Porto, a suspeição do juiz garante um processo justo e isonômico ao caso.

Caso Mariana Costa: acompanhe o 1º dia do júri popular de Lucas Porto (Foto: Rafaelle Fróes/G1)

IRMÃ DE MARIANA

Carolina Costa, irmã de Mariana, diz que a família está com muita expectativa de que o julgamento finalmente seja realizado após quatro anos e sete meses do crime.
“Ela foi brutalmente machucada e não há o que se questionar o que dizem os autos. É uma luta por amor. Essa é a mensagem que nós queremos deixar para a sociedade. Essa luta é por Mariana e representa os 52% da população mundial e se levantem nessa geração, mulheres corajosas, homens de coragem. É por você, Mariana”, disse.

Caso Mariana Costa: acompanhe o 1º dia do júri popular de Lucas Porto (Foto: Rafaelle Fróes/G1)

ATRASO

Início do julgamento está com 1h30 de atraso.

EM CASO DE NOVO ABANDONO

Durante a coletiva de imprensa, o promotor de Justiça, Marco Aurélio, afirmou que caso os advogados tentem novamente abandonar o caso, o juiz já determinou que defensores públicos vão assumir o caso e realizar a defesa do réu.

COLETIVA DE IMPRENSA

Neste momento, participam da coletiva de imprensa o juiz do Caso Mariana, José Ribamar Goulart Heluy Júnior; a diretora do Fórum de São Luís, Andréa Furtado Perlmutter Lago; e o promotor de justiça, Marco Aurélio Ramos Fonseca.

O juiz afirmou que, até o momento, a defesa do Lucas Porto não fez nenhum pedido de adiamento, mas não descarta a possibilidade de não acontecer. Ele afirma que o júri não vai ser encerrado hoje e pode durar dias.

Os advogados de defesa de Lucas Porto continuam os mesmos. Um deles chegou a pedir a revogação da multa, após o abandono da última sessão, mas o pedido foi negado.

Os pedidos de condenação de Lucas Porto feitos pelo Ministério Público do Maranhão são:
De 12 a 30 anos de pena pelo crime de homicídio qualificado, por feminicídio;
De 6 a 12 anos pelo crime de estupro.

Caso Mariana Costa: acompanhe o 1º dia do júri popular de Lucas Porto (Foto: Rafaelle Fróes/G1)


MOVIMENTAÇÃO AGORA

Família e amigos da Mariana em movimentação do lado de fora do Fórum Desembargador Sarney Costa. No julgamento desta quarta-feira (30):
Serão ouvidas 10 testemunhas da acusação e 10 pela defesa. Além disso, seis assistentes técnicos da perícia contratados pela defesa. Três oficiais de justiça vão trabalhar durante a sessão.

Lucas Porto foi acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) pelos crimes de estupro e homicídio qualificado por asfixia, mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima; objetivando ocultar outro crime e por feminicídio.

O acesso a sala da sessão do júri será controlado, devido a pandemia. Marcações foram feitas para manter o distanciamento mínimo entre as pessoas, disponibilizado álcool em gel e o uso de máscara será obrigatório.



Fonte:G1

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