Coletivo Nós repercute Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

Eunice Chê lembra que a data também marca o aniversário de Tereza de Benguela, símbolo de heroísmo na história de libertação do povo negro / Foto: Leonardo Mendonça


Neste domingo (25), comemorou o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. A data reforça a importância de refletir sobre as políticas públicas desenvolvidas para contemplar esta população, de modo a diminuir desigualdades históricas e ampliar direitos.

No Brasil, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população negra corresponde à maioria, formando 54% dos mais de 200 milhões de brasileiros no país.

De acordo com a Associação de Mujeres Afro, na América Latina e no Caribe, 200 milhões de pessoas se identificam como afrodescendentes. Apesar de representarem a maioria da população, três em cada quatro pessoas pobres no Brasil são negras, segundo o IBGE.

A co-vereadora Eunice Chê, do Coletivo Nós (PT), relembra que a data também marca o aniversário de Tereza de Benguela, uma mulher negra, que se tornou um grande símbolo de heroísmo na história de libertação do povo negro.

“Foi uma pessoa fundamental para a história das mulheres negras, que ainda vivem num sistema patriarcal e colonial. O 25 de julho traz temas importantes para que possamos desenvolver atividades concretas, sobretudo nas periferias, onde existe grande número de mulheres negras, que estão às margens da sociedade”, afirmou.

Para Eunice Chê, enquanto não forem desenvolvidas políticas de mudança e inclusão desta população, incluindo, de fato, a mulher negra nessa transformação, dificilmente viveremos a plenitude de uma sociedade democrática. “Essa é, inclusive, uma das pautas das diretrizes do Coletivo Nós. A gente considera fundamental desenvolver um processo de participação social e política, visando a mudança de comportamento social, sobretudo nas questões de gênero, incluindo a mulher negra nesse processo”, enfatizou.

No Maranhão, desde o dia 1º de Julho, a Rede de Mulheres Negras iniciou uma programação diversificada. Na sexta-feira (23), às 16h, o movimento realizou um ato público, na Avenida Beira-Mar, com o tema “Para o Brasil Genocida Mulheres Negras Apontam a Solução”. De acordo com o movimento, o objetivo é mostrar como mulheres negras têm se organizado em todas as esferas da sociedade, apontando soluções para o país, a partir da luta antirracista, antipatriarcal e pelo bem viver.



Por Acsa Serafim

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