Maranhão é um dos estados brasileiros que mais investe em pesquisa científica


Com orçamento executado em 2020 de R$ 41 milhões, a Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) aparece entre as 10 agências do país que mais investem em fomento à pesquisa. No Nordeste, ela figura em 4º lugar, atrás apenas de Ceará (R$ 70 milhões), Bahia (R$ 60,3 milhões) e Pernambuco (R$ 59,1 milhões).

Diretor científico da Fapema, João Batista Bottentuit Junior explica que os investimentos corroboram para que o Maranhão possa despontar no cenário científico nacional, aumentando tanto a produção quanto a formação intelectual, impactando diretamente na melhoria da qualidade de vida e na criação de produtos e serviços para o estado.

“Apesar da crise que assola o país, a Fapema tem mantido o plano de trabalho e lançado mensalmente editais de fomento, o que tem sido uma importante iniciativa para dar continuidade às pesquisas no estado. Além disso, foram ofertadas bolsas de iniciação científica, mestrado, doutorado, pós-doutorado no país e no exterior, além de parcerias com órgãos e outras fundações como, por exemplo, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo [Fapesp]”, explica Bottentuit.

Para se ter uma ideia, em 2020 foram 1.344 bolsas financiadas pela Fapema, com algumas chamadas específicas, como a “Chamada Pública Emergencial de Fomento à Pesquisa no Enfrentamento à Pandemia e Pós-Pandemia do Covid-19” e a “Chamada Pública Emergencial de Discentes e Profissionais da Saúde”, que não só corroboraram para auxílio em pesquisas em andamento, como também para ajudar a população com soluções e informações para enfrentamento à pandemia. Auxílios para que profissionais da saúde pudessem ajudar na linha de frente dos hospitais e centros de recuperação de doentes da Covid-19 também estiveram entre as bolsas do ano passado.

“O Governo do Maranhão, ao priorizar recursos para a pesquisa, garante maior competitividade em nível nacional. Desta forma, conseguimos manter nossos talentos no estado, fazendo com que os alunos possam realizar seus estudos sem deslocamentos. Além disso, os investimentos em produção do conhecimento são sempre mais valias, colaboram para o engrandecimento das instituições e para a formação de mão de obra qualificada no Maranhão”, completa Bottentuit.

Somente na graduação, a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) saltou de 3.489 vagas em 2015 para 4.080 em 2021. Inaugurada em 2017, a Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL) ofertou naquela ocasião 660 novas vagas, enquanto em 2021 foram 855 vagas. Além disso, as universidades estaduais possuem, entre mestrado e doutorado, 19 cursos de pós-graduação nas mais diversas áreas.

No caso de bolsas e auxílios estudantis, a UEMA investia em 2015, mensalmente, algo em torno de R$ 270 mil. Em 2020, o valor aumentou para R$ 1,3 milhão, ampliando consideravelmente o leque de alunos atendidos.

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