Polícia do Rio prende Dr. Jairinho e mãe de Henry Borel por assassinato do menino de 4 anos

Investigadores descobriram que o vereador agredia o menino com chutes e golpes na cabeça, enquanto Monique Medeiros sabia disso pelo menos desde fevereiro.


Reprodução/G1


A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nesta quinta-feira (8) o vereador Dr. Jairinho (Solidariedade) e a namorada, Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, menino de 4 anos que morreu no dia 8 de março. Segundo informações do G1, investigadores afirmam que a criança foi assassinada.

Henry Borel foi levado já morto pelo vereador e a mãe do menino a um hospital na Barra da Tijuca, no dia 8 de março. A criança apresentava diversas lesões pelo corpo.



As investigações concluíram que Dr. Jairinho agredia o enteado com chutes e golpes na cabeça e que Monique sabia disso pelo menos desde fevereiro. O casal também é suspeito de atrapalhar as investigações e de ameaçar testemunhas para combinar versões.

Os mandados foram expedidos na quarta-feira (7) pelo 2º Tribunal do Júri da Capital. A prisão é temporária, por 30 dias.

Os investigadores acompanhavam o casal há dois dias. Na noite desta quarta-feira, Jairinho e Monique não dormiriam nas casas de seus familiares em Bangu, na Zona Oeste do Rio, como vinha acontecendo desde a morte do menino.



Depoimentos

Duas mulheres já haviam relatado em depoimentos supostas agressões a crianças pelo vereador do Rio. A ex-namorada de Jairinho foi uma das testemunhas no caso e acusou o vereador de agredir a sua filha adolescente quando ela tinha 4 anos​. Ela disse ainda que sua mãe recebeu uma ligação dele na última sexta-feira (19), oito anos após o término da relação, e que se sentiu ameaçada com o telefonema.

Os policiais ouviram pelo menos 18 testemunhas e reuniram provas técnicas que descartaram a hipótese de acidente, levantada pela própria mãe da criança.

Comportamento suspeito

Além dos depoimentos e laudos periciais, de necropsia e de local, os policiais apontam alguns comportamentos suspeitos do casal que contribuíram com o descarte da hipótese de acidente.

Os policiais descobriram que, após o início das investigações, o casal apagou conversas de seus telefones celulares. Suspeitam, inclusive, que eles tenham trocado de aparelho.

Além disso, a mãe de Henry chegou a trocar de roupa duas vezes até escolher o melhor modelo, toda de branco, para ir à delegacia. No dia seguinte ao enterro, Monique passou a tarde no salão de beleza de um shopping na Barra da Tijuca.

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