Recado pra Bolsonaro: 'Não mudamos a cada quatro anos nossa maneira de pensar', diz comandante do Exército
Edson Pujol, comandante do Exército Foto: Jorge William / Agência O Globo
Isabella Macedo
O comandante do Exército, general Edson Leal Pujol, disse nesta sexta-feira que a instituição não muda sua maneira de pensar a cada governo. O general já havia dito ontem, durante participação em uma transmissão ao vivo, que os militares não querem "fazer parte" da política nem querem que a política "entre" nos quartéis.
— Não somos instituição de governo, não temos partido. Nosso partido é o Brasil. Independente de mudanças ou permanências de determinado governo por um período longo, as Forças Armadas cuidam do país, da Nação. Elas são instituições de estado, permanente. Não mudamos a cada quatro anos a nossa maneira de pensar e como cumprir nossas missões — disse hoje o comandante do Exército.
Durante a transmissão ao vivo ontem, o comandante do Exército havia dito que os militares não querem “fazer parte da política governamental ou política do Congresso Nacional e muito menos queremos que a política entre dentro dos nossos quartéis”. Segundo ele, o fato de militares ocuparem cargos no governo federal trata-se de uma decisão exclusiva do Executivo.
No início desta tarde, ao deixar o Palácio do Planalto, o vice-presidente Hamilton Mourão, também egresso das Forças Armadas, reforçou a fala de Pujol. Ele afirmou que concorda com o general e disse que a politização dos militares atrapalha a hierarquia e a disciplina dentro das Forças Armadas. Mourão é general da reserva do Exército.
Além de Mourão e do próprio presidente Jair Bolsonaro, que foi capitão do Exército, o governo federal tem seis ministros que são militares da reserva e um ministro que é general da ativa (Eduardo Pazuello, da Saúde). Em agosto deste ano, O GLOBO revelou que o total de militares da ativa cedidos ao executivo federal cresceu 13,7% nos primeiros seis meses do governo Bolsonaro, na comparação com 2018, segundo dados do Ministério da Defesa.
Isabella Macedo
O comandante do Exército, general Edson Leal Pujol, disse nesta sexta-feira que a instituição não muda sua maneira de pensar a cada governo. O general já havia dito ontem, durante participação em uma transmissão ao vivo, que os militares não querem "fazer parte" da política nem querem que a política "entre" nos quartéis.
— Não somos instituição de governo, não temos partido. Nosso partido é o Brasil. Independente de mudanças ou permanências de determinado governo por um período longo, as Forças Armadas cuidam do país, da Nação. Elas são instituições de estado, permanente. Não mudamos a cada quatro anos a nossa maneira de pensar e como cumprir nossas missões — disse hoje o comandante do Exército.
Durante a transmissão ao vivo ontem, o comandante do Exército havia dito que os militares não querem “fazer parte da política governamental ou política do Congresso Nacional e muito menos queremos que a política entre dentro dos nossos quartéis”. Segundo ele, o fato de militares ocuparem cargos no governo federal trata-se de uma decisão exclusiva do Executivo.
No início desta tarde, ao deixar o Palácio do Planalto, o vice-presidente Hamilton Mourão, também egresso das Forças Armadas, reforçou a fala de Pujol. Ele afirmou que concorda com o general e disse que a politização dos militares atrapalha a hierarquia e a disciplina dentro das Forças Armadas. Mourão é general da reserva do Exército.
Além de Mourão e do próprio presidente Jair Bolsonaro, que foi capitão do Exército, o governo federal tem seis ministros que são militares da reserva e um ministro que é general da ativa (Eduardo Pazuello, da Saúde). Em agosto deste ano, O GLOBO revelou que o total de militares da ativa cedidos ao executivo federal cresceu 13,7% nos primeiros seis meses do governo Bolsonaro, na comparação com 2018, segundo dados do Ministério da Defesa.
Comentários
Postar um comentário
Diga o que você achou dessa matéria?