Do Viomundo – Quem tem tempo a perder acompanhou nas redes sociais a mais recente manifestação de sociopatia do bolsonarismo.
Resumo da mentirada: Glenn Greenwald e seu marido pagaram a Jean Wyllys para que abandonasse o mandato, permitindo a ascensão de David Miranda ao cargo de deputado federal.
Além disso, Greenwald teria pago a um hacker russo cerca de U$ 300 mil pela informação que agora dissemina no Intercept Brasil, ou seja, pelas mensagens trocadas entre o então juiz federal Sérgio Moro e os procuradores da Força Tarefa da Lava Jato em Curitiba, notadamente Deltan Dallagnol.
Mentiras no estilo mamadeira de piroca e kit gay, disseminadas por robôs em altíssima velocidade.
Quem tiver paciência assista à excelente explicação dada por Henry Bugalho (no vídeo acima) sobre a mais nova mega fake news bolsonarista.
Existe a suspeita de que o tal Pavão Misterioso, que bombou a teoria conspiratória da extrema-direita, seja Carlos Bolsonaro — que cuidou das redes sociais do pai durante a campanha eleitoral de 2018 e aparentemente continua no controle delas.
O problema de Carlos não é apenas a denúncia do Intercept contra um dos pilares do governo de seu pai, Sérgio Moro.
O problema real parece ser a possibilidade de que tenha havido algum tipo de vazamento interno para enfraquecer Jair Bolsonaro e abrir caminho para seu vice, Hamilton Mourão.
Como especulou um internauta hoje: “Os militares já estão fora [do governo]. Perderam a queda de braço pro Aiatolavo e algum oficial de inteligência, a pedido do comando militar, divulgou o conluio golpista da lava-jato ao @TheInterceptBr. Mourão está nas coxias. Falta os meios sublinharem que o vazamento é crise interna”.
Trata-se apenas de uma hipótese: a de que Carlos Bolsonaro fez de Glenn Greenwald o “inimigo” de que precisa neste momento para consolidar a base do pai não apenas para salvar Moro, mas para mantê-la, a base, unida contra Mourão e aliados.
Greenwald é um “inimigo perfeito” do ponto-de-vista do bolsonarismo: gay e estrangeiro.
Um sinal de que a suspeição sobre Mourão ainda está em efervescência nos bastidores do governo foi o fato de que Carlos Bolsonaro não compareceu à homenagem prestada ao vice-presidente da República na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, justamente onde cumpre mandato!
Isso também fortalece a ideia de que Bolsonaro, o pai, aposta abertamente no quanto pior, melhor, em busca de uma saída autoritária que resulte em carta branca para seus principais ministros, Sérgio Moro e Paulo Guedes, derrotados diariamente no Congresso:
Carlos Bolsonaro deixa sessão antes de homenagem a Mourão
Alvo de ataques do filho de Bolsonaro, vice recebe medalha na Câmara Municipal do RJ
RIO – Sem a presença do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), de quem recebeu críticas e acusações pelas redes sociais, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, recebeu nesta segunda-feira, 17, a Medalha Pedro Ernesto, principal homenagem conferida pela Câmara Municipal do Rio a quem é de fora da cidade e se destaca de alguma forma na sociedade local.
Carlos chegou a apoiar a iniciativa de conceder a medalha a Mourão, em fevereiro, mas, nesta segunda, fez questão de deixar o prédio logo após a chegada do general.
Cercado de seguranças e sem dar entrevistas, Carlos saiu rapidamente da Câmara em direção ao carro que já o esperava do lado de fora.
Mourão chegou à Casa também sob um forte esquema de segurança. Não permitiu a presença de repórteres na cerimônia nem conversou com a imprensa no fim do evento.
Em um discurso de menos de dez minutos, o vice-presidente recordou a época em que morou no Rio “e saía com o dinheiro na sunga para jogar um futebol na praia”.
Nascido no Rio Grande do Sul, Mourão chegou ao Rio em 1958 e anos depois foi estudar no Colégio Militar, “para realizar um dos meus maiores sonhos, que era me tornar paraquedista”.
A homenagem ocorreu um dia após o vice receber o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre.
Sem citar temas atuais do governo, o general se limitou a mandar uma mensagem de otimismo para a cidade, que enfrenta grave crise financeira e altos índices de violência.
“O Rio é a nossa capital cultural, e eu tenho certeza de que, com a melhora da situação do nosso país, o Rio irá ocupar o lugar que merece”, afirmou ele.
Desde que ajudou a aprovar a homenagem, em sessão realizada em 15 de fevereiro, muita coisa mudou na relação com Mourão.
O filho “02” do presidente da República entrou em guerra pelo Twitter com o vice, a quem acusou, entre outras coisas, de tentar assumir um lugar de protagonismo no governo e, assim, colocar em xeque a autoridade do presidente.
Após insinuações de que Mourão queria o lugar de Bolsonaro – na época, se recuperando em São Paulo de uma facada sofrida durante a campanha, em Juiz de Fora (MG) –, o confronto entre os dois se intensificou quando Mourão reagiu a críticas feitas pelo escritor Olavo de Carvalho, considerado “guru” da família Bolsonaro, aos militares.
Carlos chegou a disparar 17 mensagens em rede social com críticas ao general em um único dia.
Outro ataque contra Mourão teve como pretexto a decisão do vice de aceitar participar de uma palestra nos Estados Unidos, organizado pelo instituto Wilson Center.
À época, o texto do convite criticava o que a entidade via como paralisia do governo Bolsonaro, ao mesmo tempo em que elogiava o desempenho de Mourão.
“Se não visse não acreditaria que aceitou (o convite) com tais termos”, disse Carlos em uma publicação no Twitter no dia 23 de abril.
A crise social e econômica na Venezuela foi outro ponto de atrito entre os dois, depois que o vice fez comentários para que o País não se envolvesse a ponto de estimular uma guerra civil no vizinho.
Outra divergência ficou explícita, publicamente, quando o ex-deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) anunciou sua saída do Brasil, alegando ter recebido ameaças contra sua vida. Mourão afirmou que o País poderia protegê-lo.
“Nosso governo não tem política para perseguir minorias, esse não é o jeito que nós nos comportamos”, afirmou o vice à época.
Em reação, Carlos considerou a declaração uma demonstração de alinhamento do vice-presidente ao ex-parlamentar do PSOL. Wyllys mora agora na Europa.
Resumo da mentirada: Glenn Greenwald e seu marido pagaram a Jean Wyllys para que abandonasse o mandato, permitindo a ascensão de David Miranda ao cargo de deputado federal.
Além disso, Greenwald teria pago a um hacker russo cerca de U$ 300 mil pela informação que agora dissemina no Intercept Brasil, ou seja, pelas mensagens trocadas entre o então juiz federal Sérgio Moro e os procuradores da Força Tarefa da Lava Jato em Curitiba, notadamente Deltan Dallagnol.
Mentiras no estilo mamadeira de piroca e kit gay, disseminadas por robôs em altíssima velocidade.
Quem tiver paciência assista à excelente explicação dada por Henry Bugalho (no vídeo acima) sobre a mais nova mega fake news bolsonarista.
Existe a suspeita de que o tal Pavão Misterioso, que bombou a teoria conspiratória da extrema-direita, seja Carlos Bolsonaro — que cuidou das redes sociais do pai durante a campanha eleitoral de 2018 e aparentemente continua no controle delas.
O problema de Carlos não é apenas a denúncia do Intercept contra um dos pilares do governo de seu pai, Sérgio Moro.
O problema real parece ser a possibilidade de que tenha havido algum tipo de vazamento interno para enfraquecer Jair Bolsonaro e abrir caminho para seu vice, Hamilton Mourão.
Como especulou um internauta hoje: “Os militares já estão fora [do governo]. Perderam a queda de braço pro Aiatolavo e algum oficial de inteligência, a pedido do comando militar, divulgou o conluio golpista da lava-jato ao @TheInterceptBr. Mourão está nas coxias. Falta os meios sublinharem que o vazamento é crise interna”.
Trata-se apenas de uma hipótese: a de que Carlos Bolsonaro fez de Glenn Greenwald o “inimigo” de que precisa neste momento para consolidar a base do pai não apenas para salvar Moro, mas para mantê-la, a base, unida contra Mourão e aliados.
Greenwald é um “inimigo perfeito” do ponto-de-vista do bolsonarismo: gay e estrangeiro.
Um sinal de que a suspeição sobre Mourão ainda está em efervescência nos bastidores do governo foi o fato de que Carlos Bolsonaro não compareceu à homenagem prestada ao vice-presidente da República na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, justamente onde cumpre mandato!
Isso também fortalece a ideia de que Bolsonaro, o pai, aposta abertamente no quanto pior, melhor, em busca de uma saída autoritária que resulte em carta branca para seus principais ministros, Sérgio Moro e Paulo Guedes, derrotados diariamente no Congresso:
Carlos Bolsonaro deixa sessão antes de homenagem a Mourão
Alvo de ataques do filho de Bolsonaro, vice recebe medalha na Câmara Municipal do RJ
RIO – Sem a presença do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), de quem recebeu críticas e acusações pelas redes sociais, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, recebeu nesta segunda-feira, 17, a Medalha Pedro Ernesto, principal homenagem conferida pela Câmara Municipal do Rio a quem é de fora da cidade e se destaca de alguma forma na sociedade local.
Carlos chegou a apoiar a iniciativa de conceder a medalha a Mourão, em fevereiro, mas, nesta segunda, fez questão de deixar o prédio logo após a chegada do general.
Cercado de seguranças e sem dar entrevistas, Carlos saiu rapidamente da Câmara em direção ao carro que já o esperava do lado de fora.
Mourão chegou à Casa também sob um forte esquema de segurança. Não permitiu a presença de repórteres na cerimônia nem conversou com a imprensa no fim do evento.
Em um discurso de menos de dez minutos, o vice-presidente recordou a época em que morou no Rio “e saía com o dinheiro na sunga para jogar um futebol na praia”.
Nascido no Rio Grande do Sul, Mourão chegou ao Rio em 1958 e anos depois foi estudar no Colégio Militar, “para realizar um dos meus maiores sonhos, que era me tornar paraquedista”.
A homenagem ocorreu um dia após o vice receber o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre.
Sem citar temas atuais do governo, o general se limitou a mandar uma mensagem de otimismo para a cidade, que enfrenta grave crise financeira e altos índices de violência.
“O Rio é a nossa capital cultural, e eu tenho certeza de que, com a melhora da situação do nosso país, o Rio irá ocupar o lugar que merece”, afirmou ele.
Desde que ajudou a aprovar a homenagem, em sessão realizada em 15 de fevereiro, muita coisa mudou na relação com Mourão.
O filho “02” do presidente da República entrou em guerra pelo Twitter com o vice, a quem acusou, entre outras coisas, de tentar assumir um lugar de protagonismo no governo e, assim, colocar em xeque a autoridade do presidente.
Após insinuações de que Mourão queria o lugar de Bolsonaro – na época, se recuperando em São Paulo de uma facada sofrida durante a campanha, em Juiz de Fora (MG) –, o confronto entre os dois se intensificou quando Mourão reagiu a críticas feitas pelo escritor Olavo de Carvalho, considerado “guru” da família Bolsonaro, aos militares.
Carlos chegou a disparar 17 mensagens em rede social com críticas ao general em um único dia.
Outro ataque contra Mourão teve como pretexto a decisão do vice de aceitar participar de uma palestra nos Estados Unidos, organizado pelo instituto Wilson Center.
À época, o texto do convite criticava o que a entidade via como paralisia do governo Bolsonaro, ao mesmo tempo em que elogiava o desempenho de Mourão.
“Se não visse não acreditaria que aceitou (o convite) com tais termos”, disse Carlos em uma publicação no Twitter no dia 23 de abril.
A crise social e econômica na Venezuela foi outro ponto de atrito entre os dois, depois que o vice fez comentários para que o País não se envolvesse a ponto de estimular uma guerra civil no vizinho.
Outra divergência ficou explícita, publicamente, quando o ex-deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) anunciou sua saída do Brasil, alegando ter recebido ameaças contra sua vida. Mourão afirmou que o País poderia protegê-lo.
“Nosso governo não tem política para perseguir minorias, esse não é o jeito que nós nos comportamos”, afirmou o vice à época.
Em reação, Carlos considerou a declaração uma demonstração de alinhamento do vice-presidente ao ex-parlamentar do PSOL. Wyllys mora agora na Europa.
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