Reforma da Previdência: Bira do Pindaré sai em defesa dos trabalhadores e das trabalhadoras




O deputado Federal Bira do Pindaré (PSB) subiu a tribuna, na quarta-feira (27), para tratar, mais uma vez, sobre a Reforma da Previdência apresentada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). O parlamentar se reportou a uma entrevista em que o presidente pediu patriotismo dos deputados federais para aprovar a proposta.

“Eu queria sugerir ao presidente que ele fosse ao interior do Maranhão e falasse com uma mulher, trabalhadora rural, quebradeira de coco, e pedisse a ela o patriotismo de passar mais cinco anos trabalhando, quebrando coco debaixo do sol quente, para conseguir se aposentar. Eu queria que o presidente fosse até o interior do Maranhão e falasse com o roçador de juquira e dissesse ao próprio roçador que ele vai ter que trabalhar mais 20 anos contribuindo com pelo menos R$ 600,00 por ano para conseguir se aposentador”, sugeriu.

O parlamentar acrescentou ainda o caso dos garis, das empregadas domésticas, que, com a Reforma de Bolsonaro, se não conseguirem se aposentar, terão de a um benefício da previdência, com o pagamento de cerca de R$ 400,00 durante dez anos após completar os 60 anos de idade. Ele citou o caso das professoras, que terão que trabalhar 10 anos a mais; e dos operários da construção civil, que ganham em torno de um a dois salários mínimos e perderão o direito ao abano salarial.


Para o deputado Bira, não são os trabalhadores que tem que pagar essa conta, mas as pessoas que detém as grandes fortunas. Neste sentido, o socialista questionou o motivo de Jair Bolsonaro não pedir patriotismo aos banqueiros, aos verdadeiros detentores das riquezas do país e de não falar da taxação das grandes riquezas.


“Essa proposta só penaliza os mais pobres, cai apenas na cabeça daqueles e daquelas que sofrem todos os dias para sobreviver nesse país. Não podemos aceitar isso em nenhuma hipótese. Ele (Bolsonaro) afirmou também que poderia recuar, e é muito bom ouvir isso do presidente. Mas ele tem que recuar 100%, porque eu já procurei e não tem nada nesse projeto inteiro que beneficiei a população brasileira”, frisou.

O deputado acrescentou ainda que está na hora do presidente ter consciência e se lembrar da promessa de campanha e da esperança que vendeu a população. “Ele deveria entender que esse projeto só interessa aos banqueiros. Não é à toa que ele colocou um banqueiro como ministro da economia. O que eles querem, na verdade, é desmantelar a previdência pública para mercantilizar a aposentadoria, para obrigar a população a comprar uma previdência no Bradesco ou no Itaú. É isso que eles querem! Nós não podemos aceitar”, declarou.


Para ele, a população está tomando consciência do que essa Reforma da Previdência representa e a cada dia descobre uma maldade nova dentro da proposta apresentada pelo Bolsonaro. “Ele vai ter que ralar muito para aprovar essa maldade. Não adianta só trocar a liderança do governo ou liberar as emendas dos parlamentares, porque ninguém vai aceitar mansa e pacificamente retirar os direitos do nosso povo. Se querem modificar os rumos do nosso país, tem que começar pelas grandes fortunas, a taxar as grandes heranças dos bilionários. Porque os pobres tem que pagar essa conta? Esse é o nosso questionamento e essa é a nossa luta”, concluiu.

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