PEC da previdência de Bolsonaro é pior do que a de Temer


O senador Weverton Rocha (PDT-MA) diz que é preciso dialogar sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da previdência, mas considera que “alguns trechos são piores que a reforma enviada pelo Temer”.


Segundo ele, é inaceitável a proposta de aumentar para 70 anos a idade em que os idosos muito pobres recebem um salário mínimo no Benefício da Prestação Continuada (BPC) e de pagar apenas R$ 400 no BPC entre os 60 e os 70 anos. E afirmou que o regime de capitalização é ruim para os idosos pobres.

“Estamos decretando, de forma oficial, que a maioria da população idosa do nosso país será miserável”, afirmou.

Ele também demonstrou preocupação com os aspectos da reforma da Previdência que tratam das regras de aposentadoria para mulheres e trabalhadores rurais, além do valor previsto para o pagamento do benefício da prestação continuada.

O senador também criticou o tempo de contribuição de 40 anos para atingir a aposentadoria integral e afirmou que as mulheres serão as grandes prejudicadas, porque mesmo com a idade mínima exigida para aposentadoria menor, elas terão que contribuir pelo mesmo tempo que os homens.
“Isso é o mesmo que colocar idade mínima igual para homens e mulheres, o que não é justo”, comentou.

“Nós, que somos da oposição, queremos ouvir o ministro da Fazenda, Paulo Guedes, e o secretário geral da Previdência, Rogério Marinho, e saber deles como vão construir os ajustes dessa reforma. Mas não aceitaremos que os trabalhadores lá da ponta paguem a conta sozinhos”, disse

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