Crise opõe aliados e adversários internacionais de Maduro



EUA, Brasil e Colômbia reconhecem oposicionista como presidente venezuelano, enquanto Rússia, China e Turquia apoiam o governo atual

A autoproclamação do líder oposicionista Juan Guaidó como presidente da Venezuela nesta quarta-feira 23, em meio a uma série de protestos, gerou reações divergentes no cenário internacional.

Um bloco liderado pelos Estados Unidos reconheceu rapidamente Guaidó, atual presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, como chefe de Estado legítimo do país em detrimento da posição do cada vez mais autoritário Nicolás Maduro, cuja reeleição ao cargo máximo do Executivo venezuelano no ano passado foi repudiada pela maior parte da comunidade internacional após acusações de fraude e intimidação.

Outro bloco, no qual se destacam a China e a Rússia, anunciou que segue apoiando Maduro. Já um terceiro grupo, que tem como destaque a União Europeia, vem mantendo uma posição mais cuidadosa quanto ao reconhecimento de Guaidó, preferindo se limitar a pedir novas eleições no país sul-americano.

Contra Maduro, a favor de Guaidó

A posição dos EUA de reconhecer o governo de oposição a Maduro foi seguida na quarta-feira pelos governos do Brasil, Canadá, Colômbia, Argentina, Peru, Equador, Paraguai, Costa Rica, Chile e Guatemala. A Organização dos Estados Americanos (OEA) também reconheceu Guaidó como presidente interino.

O presidente Jair Bolsonaro disse logo após a autoproclamação de Guaidó: “Daremos todo o apoio político necessário para que esse processo siga seu destino.”

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