Chico Carvalho quer votação do PL Escola Sem Partido "à revelia"





O vereador Chico Carvalho (PSL), aliadado do presidente Bolsonaro acha que está em uma Casa sem Lei. Isso mesmo! Após um uma reunião entre vereadores e várias frentes que militam contra e à favor do PL Nº 113/17, Escola Sem Partido ficou acertado que o Projeto de autoria de Chico, só iria para pauta de votações após ser melhor discutido entre os vereadores, a categoria e demais entidades e suas representatividades.

Então na manhã desta quarta-feira (28), Chico, na tentativa de aprovar o famigerado PL, pediu ao presidente que proposta fosse incluída na ordem do dia, para votação do Plenário com urgência, como não foi atendido, o presidente suspendeu a sessão, o vereador se retirou do Plenário.

O pedido foi negado pelo presidente, Astro de Ogum que lembrou do compromisso firmado durante a reunião que ocorreu na sala da presidência, de que o PL iria para pauta após ser amplamente debatido pelas partes interessadas.



“Esse é um projeto que está em discussão em todo o país, foi feito uma conversa e ficou acertado que iriamos discutir essa proposta, não podemos colocar em pauta assim, sem antes ouvir os interessados dos dois lados, professores, educadores, profissionais do magistério, diretores de escolas, etc. Então colocar na pauta eu iria assumir uma responsabilidade que não cabe só à mim, cabe a toda sociedade e eles têm direito de debater conosco essa proposta, então prefiro suspender a sessão”, concluiu Astro de Ogum.

Já o vereador Honorato Fernandes, falou da necessidade de a Câmara, demonstrar a sociedade com mais clareza o conteúdo do Projeto Escola Sem Partido.



“O que nós devíamos estar discutindo agora é que esse ano foi gasto quase trezentos milhões de reais destinados às escolas comunitárias, dezenas de escolas públicas que estão sem professores, temos escolas que não têm as mínimas condições de funcionamento, essa é uma realidade de todo o país e nós temos de enfrentar em nossa cidade, com muita maturidade. Então, quando o vereador pediu pra colocar em pauta eu lembrei o presidente, do acordo firmado na sala da presidência, de que a proposta só iria para a pauta após bastante debate com as partes interessadas, no caso educadores e suas representações”.

Na avaliação do vereador o Escola Sem Partido retira direitos dos educadores de ministrarem suas aulas com qualidade e responsabilidade. Na opinião de Honorato a categoria desempenha seu trabalho com muita responsabilidade apesar de muitas limitações, “É dever constitucional do Estado e das famílias o cuidado com a educação e capacidade de aprender de cada aluno e os professores têm respeitado, essa questão”, enfatizou.

Outro que é contra o PL de Chico Carvalho, que visa amordaçar os educadores no município de São Luis, é o vereador Sá Marques que falou sobre a polêmica.



“Os colegas têm de brigar é por melhores condições dos salários dos professores, se chegar a existir isso no Brasil eu digo que nunca mais eu frequentarei uma escola pra dar aula. Eu não entendo como esse pessoal do Governo Federal tem tanto ódio dos professores, em nenhum momento eu ouvi dizer que eles vão fazer alguma melhoria para os trabalhadores. Eu que estou preparando adolescentes para o vestibular e adultos para concurso eu não vou conseguir trabalhar coagido”, destacou.

O Projeto que tem sido polêmica em vários estados visa calar professores de todo o país, no texto, de acordoo com a proposta existem uma série de proibições para os professores das escolas públicas e privadas da educação básica. Em São Luis, os professores prometem se mobilizarem na tentativa de barrar a aprovação da”Lei da Mordaça”.


Fonte: O Itaqui Notícias

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