Manuela saúda decisão do TSE, mas defende cotas para as mulheres nos cargos

A pré-candidata do PCdoB à presidência da República, Manuela D'Ávila comentou por meio das redes sociais a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que determinou que 30% do Fundo Partidário Eleitoral para as campanhas será destinado à mulheres.

 
Manuela considerou a medida como uma "vitória importante", mas disse que ainda é preciso mais. "Defendo não só uma reformulação na legislação eleitoral, principalmente quando falamos do financiamento privado, mas um sistema de cotas para mulheres nos cargos, assim como tantos outros países já colocaram em prática para aumentar a representação de mulheres na política", enfatizou a pré-candidata.

Ela também repeliu a movimentação de alguns setores que afirmam que vão tentar suspender a decisão do TSE e articulam a elaboração e aprovação de um decreto legislativo que impeça a aplicação dessa divisão e pretendem ingressar com uma ação no Supremo Tribunal Federal para anular a decisão.

"Existem movimentos acontecendo, sobretudo daqueles que não têm candidatas mulheres e que não elegem mulheres para o parlamento, para tentar impedir essa decisão de valer. Para nós, ela [decisão] é uma vitória, não pelo meu partido, pois eu já sou pré-candidata à Presidência da República, tenho um partido presidido por uma mulher. Nós já somos fruto dessa luta das mulheres, metade da nossa bancada é formada por mulheres. Mas pelo outros, pois eu não luto só por mim. Eu luto para que eu não seja uma das poucas eleitas e os 30% podem gerar um impacto muito positivo", defendeu.

Em outro post, Manuela comentou o lançamento oficial da pré-candidatura do ex-ministro Henrique Meirelles pelo MDB, realizado na terça-feira (22). De acordo com Temer e a sua cúpula, a candidatura de Meirelles era para defender o "legado do governo".

"Que legado é esse? 13,7 milhões de desempregados? 1,2 milhões de casas sem gás, com famílias tendo que usar lenha ou fogo de chão para preparar seus alimentos?", indagou Manuela.

E segue: "Ou, ainda, a emenda constitucional 95 que congela investimentos em saúde e educação por 20 anos? Ou será a reforma trabalhista , que retira direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, permitindo que mulheres grávidas trabalhem em locais insalubres, reforma que fomenta a terceirização com a desvalorização do trabalhador, por exemplo? Ou talvez o legado possa ser o aumento da evasão escolar, que atinge 2,8 milhões de crianças e adolescentes".

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