TIJOLAÇO: PAULO PRETO ACHOU OS R$ 113 MILHÕES “NA BEIRA DA ESTRADA”?





"Graças à cooperação do Ministério Público da Suíça , que – segundo a Folha – 'compartilhou espontaneamente com procuradores de São Paulo' informações sobre quatro contas 'cujo beneficiário é o investigado Paulo Vieira de Souza', ficamos sabendo que o amigo de José Serra que reclamou por estar sendo deixado 'à beira da estrada' por José Serra tinha 'cerca de 35 milhões de francos suíços, equivalente a R$ 113 milhões'", escreve Fernando Brito, editor do Tijolaço


Por Fernando Brito, editor do Tijolaço

Só apareceu, claro, porque as autoridades da Suíça o expuseram, porque aqui a paralisia do inquérito faz inveja a um cágado.

Mas, graças à cooperação do Ministério Público da Suíça , que – segundo a Folha – “compartilhou espontaneamente com procuradores de São Paulo” informações sobre quatro contas “cujo beneficiário é o investigado Paulo Vieira de Souza”, ficamos sabendo que o amigo de José Serra que reclamou por estar sendo deixado “à beira da estrada” por José Serra tinha “cerca de 35 milhões de francos suíços, equivalente a R$ 113 milhões”

O dinheiro estava, naquela data, no banco suíço Bordier & Cie em nome da offshore panamenha Groupe Nantes S/A, que foram transferidos para um banco em Nassau, nas Bahamas, em fevereiro de 2017. Hoje, nem Deus sabe por onde anda essa dinheirama.

“Paulo Preto”, como é conhecido, é mantido na geladeira há oito longos anos, desde que um relatório da Polícia Federal, em maio de 2010, encontrou – segundo publicou então a revista Época – indícios de que Vieira, também “amigo de Aloysio Nunes Ferreira” e diretor da Dersa na gestão Serra , teria recebido pagamento das empreiteiras que faziam a construção do Rodoanel.

Na campanha de 2010, reclamou que Serra – que fingiu desconhecê-lo quando questionado por Dilma Rousseff – não poderia “abandonar assim um amigo, na beira da estrada”. Agora, pede ao Ministro Gilmar Mendes, a quem o algoritmo do sorteio do STF caprichosamente escolheu como relator dos inquéritos sobre Serra e Aloysio, que abduza para o Supremo a única investicação que andou, a presidida pela juíza Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara da Justiça Federal em São Paulo que, por sinal, era sigilosa até agora.

O que vai permitir saber se o ministro concordará e, afinal, não deixará um amigo na beira da estrada.


Fonte: 247

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