"Segovia ascendeu na polícia com a ajuda da política. Sua nomeação teve as digitais de José Sarney, Eliseu Padilha e Augusto Nardes. Em comum, todos enrolados em delações da Lava-Jato. (...) Segovia se esforçou para estancar a sangria, mas acabou morrendo pela boca", escreve o colunista Bernardo Mello Franco
O jornalista Bernardo Mello Franco dedicou sua coluna desta quarta à análise da demissão do agora ex-diretor-geral da Polìcia Federal Fernando Segóvia.
"No primeiro dia, ele já disse a que veio. Minutos depois de assumir o comando da Polícia Federal, Fernando Segovia saiu em defesa do chefe. Ele sugeriu que as investigações contra Michel Temer não teriam reunido provas suficientes para denunciá-lo.
“Uma única mala talvez não desse toda a materialidade criminosa de que a gente necessitaria”, disse. O delegado se referia a um flagrante de corrupção explícita: a entrega de R$ 500 mil a Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor do presidente.
Segovia ascendeu na polícia com a ajuda da política. Sua nomeação teve as digitais de José Sarney, Eliseu Padilha e Augusto Nardes. Em comum, todos enrolados em delações da Lava-Jato.
(...)
Ontem, o delegado puxou aplausos para o novo ministro da Segurança Pública, que passou a comandar a PF. Não adiantou nada, porque Raul Jungmann já havia acertado a sua substituição. Segovia se esforçou para estancar a sangria, mas acabou morrendo pela boca."
Fonte: 247
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