CHINA SE OPÕE A GOLPE AMERICANO E SAI EM DEFESA DA VENEZUELA





O governo da China se posicionou oficialmente nesta segunda-feira sobre as ameaças feitas pelos Estados Unidos à Venezuela, depois da viagem do secretário Rex Tillerson a vários países da América do Sul; Tillerson chegou até a defender um golpe militar na Venezuela e veio pedir a países do continente que intervenham no país vizinho; além disso, Tillerson criticou a China e disse que não há espaço para uma nova "potência imperial" na região; em Pequim, o porta-voz da chancelaria chinesa Geng Shuang disse que a cooperação financeira bilateral com a Venezuela foi estabelecida com base em princípios comerciais benéficos para os dois países; “O que os Estados Unidos disseram é infundado e extremamente irresponsável”, afirmou Geng

O governo da China se posicionou oficialmente nesta segunda-feira sobre as ameaças feitas pelos Estados Unidos à Venezuela, depois da viagem do secretário Rex Tillerson a vários países da América do Sul. Tillerson chegou até a defender um golpe militar na Venezuela e veio pedir a países do continente que intervenham no país vizinho. Além disso, Tillerson criticou a China e disse que não há espaço para uma nova "potência imperial" na região.

Em Pequim, o porta-voz da chancelaria chinesa Geng Shuang disse que a cooperação financeira bilateral com a Venezuela foi estabelecida com base em princípios comerciais benéficos para os dois países. “O que os Estados Unidos disseram é infundado e extremamente irresponsável”, afirmou Geng.

Confira, abaixo, reportagem da Reuters:

PEQUIM (Reuters) - O apoio da China à Venezuela tem beneficiado as pessoas comuns e sido aprovado por muitos, disse o Ministério das Relações Exteriores chinês nesta segunda-feira, depois que o Tesouro dos Estados Unidos acusou a China de ajudar o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, com investimentos suspeitos envolvendo empréstimos em troca de petróleo.

Em um discurso proferido na sexta-feira no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, o principal diplomata especialista em economia do Tesouro dos EUA, David Malpass, disse que o foco da China nas commodities e em acordos financeiros vagos prejudicaram, e não ajudaram, países da América Latina.

Seu ataque ao papel chinês no apoio ao governo da Venezuela veio um dia depois de o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, ter aventado a hipótese de um golpe militar no país sul-americano rico em petróleo, antes de iniciar uma turnê de cinco dias pela América Latina.

Falando em Pequim, o porta-voz da chancelaria chinesa Geng Shuang disse que a cooperação financeira bilateral foi estabelecida por empresas e organismos financeiros das duas nações com base em princípios comerciais benéficos para ambas. Os empréstimos estão totalmente de acordo com os padrões internacionais e beneficiam os moradores locais, acrescentou.

“O que os Estados Unidos disseram é infundado e extremamente irresponsável”, afirmou Geng.

A cooperação entre a China e a Venezuela auxiliou a construção de mais de 10 mil casas de baixo custo, a geração de eletricidade e o gasto com eletrodomésticos para três milhões de lares venezuelanos de baixa renda, acrescentou.

“A cooperação China-Venezuela incentivou favoravelmente o desenvolvimento sócio-econômico da Venezuela e vem sendo aprovada e apoiada em todos os níveis da sociedade”, disse Geng. “Uma Venezuela estável atende aos interesses de todos os lados”.

Na semana passada, a China disse que os EUA estão desrespeitando a América Latina pelo fato de Tillerson ter alertado países da região sobre a dependência excessiva dos laços econômicos com Pequim.

O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, impôs sanções individuais e econômicas a Caracas devido a abusos de direitos humanos e à corrupção. Maduro acusou Washington de tentar depô-lo para ter mais acesso à riqueza petrolífera do país-membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).


Fonte: 247

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