Sinproesemma participa de atos por justiça e democracia no Brasil

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) participou de atos,  em favor da justiça e da democracia no Brasil  organizados por entidades populares, como a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), diante da condenação, sem provas, do ex-presidente Lula. Em Porto Alegre (RS), onde ocorreu o julgamento, feito pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o presidente do sindicato, Raimundo Oliveira, participou do ato que atraiu milhares de pessoas em frente ao TRF.



“Julgar sem prova é um acinte e uma violação do direito de qualquer cidadão. Por isso, temos que protestar, ir para as ruas mostrar às instituições que existe uma Constituição Federal no Brasil e ela merece e deve ser respeitada”, afirmou Raimundo Oliveira.



Protestos na Ilha

Em São Luís (MA), o Sinproesemma também participou da manifestação conta a condenação sem provas do ex-presidente Lula, defendendo o restabelecimento da democracia no país. O ato ocorreu em frente ao prédio da Justiça Federal, no bairro Areinha, Centro de São Luís, e contou com a participação de muitos sindicalistas e de outras entidades que reforçaram as denúncias contra a condenação injusta do ex-presidente.



Para a vice-presidente do Sinproesemma e dirigente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Hildinete Rocha, a condenação do ex-presidente Lula é a consumação de um processo que tem como objetivo retirar dos trabalhadores as conquistas obtidas nos últimos anos e também evitar que o ex-presidente Lula volte ao poder e desfaça as medidas golpistas do governo Temer. “O que está acontecendo é um processo que dá continuidade ao golpe iniciado com a derrubada do governo Dilma. Não é simplesmente cassar o Lula, mas a democracia”, afirmou.



Armação da elite

Outra dirigente que também denunciou o processo arbitrário de condenação sem provas foi a secretária de Representação dos Núcleos Municipais, Janice Nery. Para a professora Janice, o processo é fruto da elite que está insatisfeita com os avanços que possibilitaram às classes menos favorecidas o acesso ao trabalho e à educação. Assim como ocorreu na Argentina e na Venezuela, a elite usa instrumentos jurídicos para atacar o povo. “Não vamos deixar que a elite volte ao poder, vamos ao confronto, pois o povo brasileiro é forte”, afirmou Janice.



Condenação política

Para os sindicalistas, a condenação é política. A justiça age no intuito de evitar que Lula seja novamente candidato em 2018. Na opinião do presidente estadual da CTB/MA, Joel Nascimento, a Justiça não pode impedir a candidatura de Lula a partir de uma condenação sem provas, elementos fundamentais em um processo penal. “Desde quando começou o processo contra Lula na lava-jato, o Judiciário não apresentou nenhuma prova. A justiça não pode rasgar a Constituição de 1988”, afirmou Joel.

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