A decisão do Santander de encerrar uma exposição em Porto
Alegre em razão de protestos do MBL custou caro ao banco espanhol;
acusado de ceder à censura promovida por grupos de extrema direita – e,
para alguns, de índole fascista – o banco espanhol levou uma surra nas
redes sociais.
"A declaração do Santander é absolutamente inaceitável, se
desculpando de ter ofendido pessoas por meio de uma exposição artística
que tinha justamente por tema a diversidade. O mínimo que podemos fazer é
mostrar ao banco que o encerramento da exposição vai gerar um custo
ainda maior para a sua imagem e para a sua marca. Se deixarmos esses
intolerantes determinarem o que se pode e o que não se pode ver, já
sabemos onde vai dar. Cada vez os anos 2010 parecem mais com os anos
1930", escreveu o filósofo Pablo Ortellado, em seu Facebook.
"O Santander cedeu à pressão do MBL, a mais obscurantista
organização surgida no desde a TFP", pontuou o escritor e jornalista
Juremir Machado.
No MBL, Kim Kataguiri reivindicou o crédito pela censura
imposta ao banco, afirmando não se tratar de arte. "O Santander cancelou
uma amostra de 'arte' com material que contém pedofilia e zoofilia
direcionado a publico escolar após pressão nas redes do MBL e de outros
grupos de direita", escreveu.
Em protesto contra o encerramento da mostra, o Nuances -
Grupo Pela Livre Expressão Sexual organiza nesta terça-feira (12) à
tarde, em frente ao Santander Cultural, o Ato pela Liberdade de
Expressão Artística e Contra a LGBTTFobia, "em defesa da liberdade de
expressão artística e das liberdades democráticas". - Jornal do Comércio
(http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2017/09/geral/584661-apos-protestos-santander-cultural-interrompe-exposicao-queer-neste-domingo.html)
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