Festa do Avante: luta pelo socialismo e solidariedade internacional





Com rica diversidade, a Festa do Avante reforça o espírito coletivo de luta destacado pelo Partido Comunista Português (PCP). O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) esteve no evento com a participação de José Reinaldo Carvalho, membro do Comitê Central e secretário de Política e Relações Internacionais, e Moara Crivelente, membro da Comissão de Política e Relações Internacionais. O Partido dos Trabalhadores também enviou uma delegação, composta pela sua presidenta nacional, Gleisi Hoffmann e pelo presidente da Fundação Perseu Abramo, Marcio Pochmann.

Com delegações de mais de 60 partidos políticos e organizações de dezenas de países, espaços regionais de gastronomia, música e debates, um amplo espaço internacional de estandes e palcos de solidariedade, espaços da mulher, dos migrantes e da criança, auditórios, exposições, uma grande feira de livros e uma rica programação cultural, a Festa do Avante reuniu milhares de pessoas.

Ambiente de manifestação do empenho do povo português, na sexta-feira (1º/9), um Fórum inaugurava-se no quadro da campanha do PCP intitulada “Emprego, produção, soberania: Libertar Portugal da submissão ao euro”, dando o tom da luta nacional. No mesmo espaço, no sábado (2/9), membros da Direção do Partido discutiram o centenário da Revolução de Outubro e O Capital, abordando “a teoria e a prática da revolução socialista, não apenas de uma perspectiva histórica e filosófica, mas enquanto projeto concreto”, afirmando o socialismo como “exigência da atualidade e do futuro”, descreve Gustavo Carneiro, na edição especial do jornal Avante!, nesta quinta-feira (7).

Durante o evento, os desafios do povo português e, em ano eleitoral, da Coalizão Democrática Unitária (CDU) entre o PCP, o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) e democratas independentes, ficaram refletidos em vários debates e reuniões. Da mesma forma, em diversos eventos de solidariedade o engajamento e a projeção internacionalista do PCP também foram evidenciados, com momentos dedicados à América Latina (sobretudo Venezuela, Brasil, Cuba e Colômbia), ao Oriente Médio e Norte da África (Palestina, Saara Ocidental, Síria), entre outras regiões, onde os povos somam forças na resistência anti-imperialista, anticolonial e antifascista, na defesa da soberania das suas nações e da democracia, lutando contra golpes, ingerência e guerras.

A situação do Brasil foi abordada nos três dias do evento, com debates e momentos de solidariedade inclusive no quadro da manifestação de apoio do povo português à América Latina. O secretário de Política e Relações Internacionais do PCdoB e a presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffman, puderam abordar o processo e as consequências do golpe de Estado parlamentar-jurídico-midiático que completava exatamente um ano. Em todos os momentos, o vigor do apoio do povo português e outras delegações internacionais foi manifesto.

José Reinaldo fez denúncia contundente do processo que se desenvolve na ofensiva contra o povo brasileiro: “O golpe de 31 de agosto de 2016 foi conduzido para instalar um novo regime. Sempre que se instala um novo regime, é preciso questionar e denunciar o seu caráter. E o nosso Partido diz em alto e bom som que este é um golpe para instituir um regime reacionário, anti-operário, antipopular, um regime antidemocrático, antipatriótico, antinacional. Porque esse golpe tem um caráter marcadamente de classe, atendendo ao apelo da grande burguesia financeira e monopolista e dos latifundiários que dominam o nosso país. Atende também aos apelos e aos interesses do imperialismo estadunidense e de outros potentados internacionais, que estavam contrariados com os rumos de defesa da soberania nacional, de defesa dos direitos dos trabalhadores, defesa das esperanças do nosso povo de construir um futuro.”

Neste golpe, enfatizou, os direitos dos trabalhadores e a soberania nacional estão na mira dos seus promotores. Por isso, se há um ano, na Festa do Avante de 2016, abordava-se o caráter e os meandros do golpe, detalhando as incongruências da narrativa falsária e do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, em 2017 já denunciamos as consequências devastadoras que o golpe tem tido para o País e para o povo brasileiro.

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