Por intransigência da prefeita Vianey
Bringel professores de Santa Inês paralisam as atividades por tempo
indeterminado
Educadores
da Rede Municipal Ensino da cidade de Santa Inês decidiram em assembleia da categoria realizada na manhã
desta quinta-feira (24), paralisar as suas atividades profissionais por tempo
indeterminado.
A atitude
dos professores reflete a falta de compromisso e intransigência da prefeita
Vianey Bringel (PSDB), no trato com a Educação municipal e com os professores
daquele município.
A categoria
denuncia a falta de compromisso assumido com o sindicato da categoria, Sinproesemma
local, que seria o pagamento integral do reajuste salarial 2017, no valor de
7.64%, o que não aconteceu. A prefeita
fatiou os salários e pagou apenas 4% do reajuste e até o momento mesmo com as
cobranças a gestora se nega a pagar o restante referente a 3.64% que falta para
compor o reajuste da categoria.
“Com esse
pagamento fatiado a categoria já está no prejuízo porque a nossa data base é no
mês de janeiro e ela pagou em junho, e de lá pra cá se nega a pagar o restante
que é de 3.64% o qual é nosso direito”, pontuou a diretora do núcleo Sinproesemma
em Santa Inês, Antônia Silva.
De acordo
com a sindicalista, a prefeita além de não cumprir com o pagamento integral do
reajuste salarial, tem sido intransigente quanto aos demais direitos previstos
no Plano de Cargos Carreias e Salários dos professores. A gestora se nega a
cumprir com as promoções as progressões e não paga as gratificações.
Autoritarismo, medo e insegurança
Após a “ditadura’
que teria sido implantada no município de Zé Doca MA, quando na calada da noite
a prefeita, Josinha aprovou um Projeto de Lei com o objetivo de extinguir o Plano
de Cargos Carreiras e Salários dos educadores e proibir a criação de sindicatos
de categoria, naquele município, a insegurança e o medo tomaram conta dos professores
também no município de Santa Inês.
Antônia
Silva, conta que o Sinproesemma local, foi notificado recentemente pela
secretária de Educação do município, Maria do Carmo Gama, que mandou um ofício
no sentido de esvaziar o sindicato.
“Já
convivíamos numa pressão e estresse, agora os professores estão com medo, porque recebemos um ofício que retira os
sindicalistas de dentro do sindicato, sendo que nós somos amparados pelo Estatuto
do Educador que garante o direito de lutar
pela categoria dentro do sindicato e agora eles querem esvaziar a entidade, isso
é pra enfraquecer a luta da categoria”, denuncia.
De acordo
com a Lei que rege o Plano de Cargos Carreias e Salários da Categoria, os profissionais
têm o direito de compor em até o número de cinco profissionais, a entidade
sindical, e a denúncia é que a prefeita encaminhou um documento ao sindicato exigindo
que desses cinco sindicalistas, apenas um, fique na entidade, impedindo os
quatro restantes de lutar pela categoria, enfraquecendo assim o sindicato e
burlando a lei. Um assunto que merece a atenção do Ministério Público.
Luta por direitos e resistência
Após a
assembleia ficou decidido pela categoria
o início da paralisação com a conscientização da comunidade escolar nesta quinta
e sexta (24/25) e paralização total e por tempo indeterminado a partir de segunda-feira
(28/08). Toda a movimentação no
município foi acompanhada pelo presidente do Sinproesemma de São Luis, Raimundo
Oliveira e pela secretária da Secretaria dos Núcleos Municipais do Sinproesemma,
professora Janice Nery.
Comentários
Postar um comentário
Diga o que você achou dessa matéria?