Presidente do SINPROESEMMA Raimundo Oliveira coordena panfletagem e convoca para Greve Geral dia 28



Panfletagens realizadas, no Centro de São Luís, nesta quarta-feira (26), pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) denunciaram os prejuízos das reformas da Previdência e trabalhista, propostas por Michel Temer, e reforçaram a mobilização da sociedade para a Greve Geral, que será realizada nesta sexta-feira(28).

Ao longo da manhã, sindicalistas distribuíram panfletos no Centro Comercial e nos Terminais de Integração da Praia Grande, Cohab e Distrito Industrial esclarecendo sobre os danos das reformas causados aos trabalhadores, que perdem direitos importantes conquistados há várias décadas. Um ataque à Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e à aposentadoria.

Segundo o presidente do Sinproesemma, Raimundo Oliveira, a ação do sindicato faz um contraponto à grande mídia, que esconde no seu noticiário os prejuízos das reformas aos trabalhadores, se forem aprovadas pelo Congresso Nacional. “É uma forma de dizer que o Maranhão está contra as reformas e o sucateamento dos direitos conquistados com muita luta”, destacou.


AGRADO AOS BANCOS

Oliveira também ressalta que o governo age para beneficiar os grandes grupos empresariais que patrocinaram a derrubada da presidenta Dilma Rousseff. Além de atacar os direitos para aumentar a margem de lucro dos empresários, Temer ainda autorizou, recentemente, o perdão de dívidas de bancos, na ordem de R$25 bilhões, valor que poderia, segundo o professor, ser investido na educação e na saúde, contribuindo para melhorar a qualidade de vida da população. “Isso demostra que o governo está a serviço do capital financeiro. A grande massa trabalhadora é que terá pagar pelos roubos da elite”, frisou.

O vendedor de jornais, João de Deus, que trabalha no Terminal da Praia Grande, demonstra revolta com as reformas, pois, na sua opinião, é uma forma do governo penalizar os trabalhadores, que perderão direitos em troca da concessão de privilégios aos empresários.

João lembra que Temer não fez nenhuma proposta que sacrifique os interesses da classe política, que continuará recebendo salários elevados e altas aposentadorias, sem falar dos diversos auxílios, como moradia, combustível, plano de saúde e passagens áreas. “Os próprios políticos são os responsáveis pela crise. Imagina agora como vamos nos aposentar a partir do aumento do tempo de contribuição se o país está ficando sem emprego”, questiona João, que, aos 50 anos, não sabe como se aposentará.


28 DE ABRIL – GREVE GERAL
A panfletagem reforçou a convocação para a greve geral da próxima sexta, 28. Na lista de adesão ao movimento, estão presentes categorias como professores, rodoviários, metalúrgicos e até aeroviários, que prometem união contra política de retrocesso de Michel Temer.

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