De acordo com o juiz Raphael Leite Guedes, a ex-prefeita violou o artigo 11 da Lei de Improbidade Administrativa ao prejudicar vários professores municipais com a indevida redução mensal dos seus salários. "Em que pese às alegações da demandada em sede de defesa preliminar, não houve comprovação nos autos de ausência de recursos para realização do pagamento dos servidores municipais", disse.
O magistrado informou que Lidiane foi condenada a ressarcir integralmente os docentes "com valores auferidos mensalmente em patamar inferior ao devido e não o patrimônio municipal, razão pela qual deixo de condenar a ré, bem como deixo de condená-la à perda da função pública, em razão de não mais ocupar o cargo de Prefeito deste Município".
Ainda segundo o juiz, Liliane foi condenada com a "suspensão dos direitos políticos pelo período de cinco anos; Multa civil no valor correspondente a 50 vezes ao valor da remuneração percebida pela demandada quando ocupante do cargo de Prefeita Municipal; Proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que seja por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo período de três anos".
Ostentação
Depois de eleita, em 2012, Lidiane começou a ostentar nas redes sociais uma vida de luxo, com roupas caras, festas, viagens de lanchas e veículos. "Eu compro é que eu quiser. Gasto sim com o que eu quero. Tô nem aí pra o que achem. Beijinho no ombro pros recalcados", disse ela.
Antes de ser prefeita, Lidiane vendia leite na porta da casa da mãe. Sua vida mudou depois de namorar o fazendeiro Beto Rocha, que, ao menos na época, tinha um patrimônio em torno de R$ 14 milhões. Em 2012, o empresário foi candidato a prefeito, mas teve a candidatura impugnada e lançou a namorada, eleita com 50,2% dos votos válidos (9.575).
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