O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) convocou sua "tropa de choque", composta por deputados aliados na Câmara, para articular uma estratégia com o objetivo de evitar a cassação de seu mandato no próximo dia 12, quando o processo que teve origem no Conselho de Ética será votado no Plenário da Casa.
Para isso, o ex-presidente da Câmara pediu a seus aliados um levantamento em cada um dos partidos com representação na Casa para saber quais parlamentares votarão pela cassação. A partir daí, os líderes e aliados tentarão convencer os deputados favoráveis à perda do mandato de Cunha a faltarem à sessão.
De acordo com informações do Estado de S.Paulo deste domingo (4), o movimento de esvaziamento tem como alvo o PMDB e legendas do Centrão - grupo de 13 partidos liderados por PP, PSD, PTB e Solidariedade. Para que Cunha seja cassado, são necessários 257 votos favoráveis à condenação. A Câmara tem 513 deputados e os parlamentares que se ausentarem estarão ajudando o deputado do PMDB a não ser derrotado pelo Plenário.
Eduardo Cunha é acusado de mentir na CPI da Petrobras, na Câmara, ao negar a existência de contas secretas no exterior. O processo contra ele teve origem no Conselho de Ética da Casa a partir de uma representação liderada pela bancada de deputados do Psol. O ex-presidente da Câmara é, ainda, réu no Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da operação Lava Jato, por corrupção, lavagem de dinheiro e ocultação de contas na Suíça.
Fonte: JB
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