Governo golpista ataca países que denunciam o golpe

A ordem é passar o pente fino e cortar os "inimigos"


Pelo visto não bastou usurpar o lugar da presidente eleita por mais de 54 milhões de votos, a turma ilegítima que passou a comandar o país  não se dar por satisfeita e ataca tudo (qualquer menção) e todos (que divulgam) o golpe em andamento no Brasil.

Na Comunicação Social a ordem é cortar publicidade do governo em sites e demais canais "inimigos", que defenderam a manutenção da presidente, a Secom, vai passar o pente fino e desfazer todos os contratos.
No Itamaraty, José serra ressurge das cinzas após 14 anos fora dos governos e já chegou retaliando os opositores, um dos seus primeiros atos ao assumir o Ministério das Relações Exteriores foi tentar calar e desmentir os países e organizações que denunciam o golpe.

Por meio de nota o ministro tucano repudiou as declarações do secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, e criticou os governos da Venezuela, de Cuba, da Bolívia, do Equador e da Nicarágua, além da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América/Tratado de Cooperação dos Povos (Alba/TCP). Em um trecho de uma das duas notas divulgada à imprensa o Itamaraty afirma que os cinco países e a Alba "se permitem opinar e propagar falsidades sobre o processo político interno no Brasil".

 A presidente Dilma reagiu e classificou as declarações da pasta de Serra como uma tentativa de "justificar o ataque ao Estado Democrático de Direito".

Confira a íntegra da nota de Dilma:


O mundo preocupado com o golpe no Brasil

Na tentativa de justificar o ataque ao Estado Democrático de Direito conduzido por partidos políticos, empresários, oligopólios da informação e corporações, o Ministério Interino de Relações Exteriores do Brasil emitiu notas criticando governos latino-americanos e o Secretário-Geral da Unasul, Ernesto Samper, por denunciarem o golpe parlamentar que afastou Dilma Rousseff da Presidência da República.

A reação de governos estrangeiros e de importantes setores da opinião pública mundial, entre eles o Secretário-Geral da OEA, expressa a indignação internacional diante da farsa jurídica aqui montada. Ao mesmo tempo, revela a preocupação de que essas práticas, travestidas de legalidade, possam se espalhar por outras partes do mundo, especialmente na América Latina, promovendo a desestabilização de governos legítimos e revertendo as grandes conquistas sociais e democráticas alcançadas nos últimos 15 anos.

Forças partidárias, como as que pretendem agora conduzir a política externa brasileira – tradicionalmente submissas às grandes potências – não têm autoridade política ou moral para invocar o princípio da soberania, sobretudo quando têm costumeiramente praticado a ingerência nos assuntos internos de outros países da região.

Governos e povos da América Latina estão também preocupados com as ameaças que o novo ministro recorrentemente fez ao Mercosul e com sua disposição de estabelecer acordos econômicos e comerciais profundamente lesivos ao interesse nacional.

Fieis e gratos à solidariedade que estamos recebendo do mundo inteiro, nos sentimos mais fortalecidos em nossa disposição de resistir ao golpe que se pretende consumar contra nossa democracia.



Assessoria de Imprensa
Presidenta Dilma Rousseff

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