Eliziane Gama quer CPI do sistema prisional

A deputada destacou que a situação de caos instalada é insustentável e é necessário haver uma investigação séria.

Eliziane Gama (PPS)
As recentes fugas, mortes e casos de corrupção dentro sistema prisional maranhense poderão ser investigadas em uma CPI da Assembleia Legislativa do Maranhão. A deputada Eliziane Gama informou, que apresentou requerimento pedindo que a instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o sistema penitenciário após o período eleitoral.

“Quando assumi a responsabilidade de entrar na vida pública, tomei a decisão de não ser omissa. E não podemos ficar omissos em relação à situação em Pedrinhas. Esta madrugada houve novas fugas e pessoas que cometeram vários crimes estão soltos, sabe-se lá em qual situação e quem poderá ser vítima destas pessoas”, enfatizou.

Na tribuna, a deputada destacou que a situação de caos instalada é insustentável e é necessário haver uma investigação séria e isto é possível através de uma CPI. Ela esclareceu que iniciará o recolhimento de assinaturas dos demais colegas parlamentares, e se houver impossibilidade de instalação da CPI pedirá que a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa também acompanhe as investigações sobre esta situação.

E completou: “Quero propor uma CPI e vou pedir as assinaturas não exatamente para ser executado agora nesses 15 dias, mas após o retorno das eleições, nos dois meses de atividades dentro dessa Casa”.

A deputada esclareceu que a proposta é contribuir com a celeridade das investigações sobre a facilitação de entrada de armas e drogas, além de fugas e mortes dentro do sistema prisional maranhenses. “Com a CPI podemos fazer uma investigação do sistema prisional no Maranhão. Acredito que é necessário se criar esta comissão para fazer essa investigação, é uma parcela de contribuição que este parlamento pode dar, principalmente na investigação dos valores e investimentos na Secretaria de Segurança Pública”, completou.

Eliziane alertou sobre paralisação dentro do sistema prisional, de agentes e vigilantes de empresa terceirizada que presta serviço para o Complexo Penitenciário. “O sistema hoje é totalmente saturado, hoje há pouco mais de duas mil vagas no sistema prisional e há mais cinco mil internos, ou seja, há um inchaço dentro do sistema e a quantidade de agentes é muito pequena, uma boa parte, todos praticamente terceirizados e não conseguem fazer o atendimento”, relatou.

Eliziane também lembrou a ocorrência de desaparecimento de detentos dentro da Penitenciária, como o caso do detento Ronalton Silva Rabelo, que ocorreu há mais de um ano e que até agora a família aguarda informações sobre o que realmente teria acontecido. Ela citou também o cadáver encontrado enterro dentro da penitenciária.

“O corpo do Ronalton nunca foi encontrado e ninguém sabe o que aconteceu, mas ao que tudo indica é que esteja morto, porque corpos estão sendo cortados em pequenos pedaços e colocados em cestos de lixo. Em agosto, um corpo foi encontrado enterrado e não tivemos até agora, uma apuração mais aprimorada e sabe-se lá se também não há outros corpos enterrados”, instigou.

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