Risco de desabastecimento cresce com a falta de produto no Brasil por causa da alta dos preços |
Se não bastasse o aumento do preço, agora o consumidor deve sentir a falta de combustível. Apesar de autossuficiente na produção de petróleo, o Brasil depende de até 35% do produto refinado importado. E as sanções econômicas da guerra no Leste Europeu afetam essas negociações. Para Paulo Tavares, presidente do Sindicato dos Postos de Combustíveis e Lojas de Conveniências (Sindicombustíveis) do Distrito Federal, o risco de desabastecimento no país é real. “Como o Brasil é autossuficiente em petróleo, mas não é autossuficiente em produto refinado, precisa importar de 30% a 35% desse produto, dependendo da região do país. Aí, nesse caso, o produto importado está muito mais caro.
Os postos de combustíveis que são chamados de bandeira branca, que geralmente compram um produto importado das distribuidoras que importam, que não vem diretamente das refinarias da Petrobras – que as refinarias da Petrobras tem contratos vigentes com as grandes distribuidoras, as maiores, Shell, Ipiranga e BR – e aí falta produto para esses postos chamados bandeira branca, aqueles que não têm marca”.
A Petrobras diz que os últimos aumentos só refletem parte da elevação dos preços internacionais do petróleo, que foram impactados pela oferta limitada, resultado direto do conflito. Segundo Tavares, apesar de caro, o combustível estaria mesmo mais barato que os preços praticados no mercado internacional. Com essa defasagem de valores, as distribuidoras ficariam sem condições de importar o produto a um preço elevado para vender por muito menos dentro do Brasil. A única alternativa para a Petrobras seria um novo reajuste. “Se a Petrobras não conseguir produzir suficiente tem que importar. Se a importação está muito mais cara, vai ter que haver o repasse de preço. Então precisa acompanhar como é que estão os focos das distribuidora”, alega.
Por conta dos preços da gasolina e do diesel, cresceu a demanda pelo etanol. Em um posto de gasolina de Brasília, a procura pelo produto subiu 30% em dois dias, o que deve resultar em mais um aumento da gasolina. “No ano passado, houve queda de safra em mais de 20% devido à seca do ano anterior e tem falta de etanol agora, porque a gasolina está muito mais cara, com uma procura maior [para o etanol]. Então todos os preços estão subindo muito pela falta de produto. E falta produto por causa da defasagem de preço que a Petrobras ainda tem com o mercado internacional”, defende Tavares.
A Petrobras diz que os últimos aumentos só refletem parte da elevação dos preços internacionais do petróleo, que foram impactados pela oferta limitada, resultado direto do conflito. Segundo Tavares, apesar de caro, o combustível estaria mesmo mais barato que os preços praticados no mercado internacional. Com essa defasagem de valores, as distribuidoras ficariam sem condições de importar o produto a um preço elevado para vender por muito menos dentro do Brasil. A única alternativa para a Petrobras seria um novo reajuste. “Se a Petrobras não conseguir produzir suficiente tem que importar. Se a importação está muito mais cara, vai ter que haver o repasse de preço. Então precisa acompanhar como é que estão os focos das distribuidora”, alega.
Por conta dos preços da gasolina e do diesel, cresceu a demanda pelo etanol. Em um posto de gasolina de Brasília, a procura pelo produto subiu 30% em dois dias, o que deve resultar em mais um aumento da gasolina. “No ano passado, houve queda de safra em mais de 20% devido à seca do ano anterior e tem falta de etanol agora, porque a gasolina está muito mais cara, com uma procura maior [para o etanol]. Então todos os preços estão subindo muito pela falta de produto. E falta produto por causa da defasagem de preço que a Petrobras ainda tem com o mercado internacional”, defende Tavares.
Fonte: Jovem Pan
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