A demonstração dividiu reações em Brasília |
As Forças Armadas realizarão um desfile de blindados e tanques de guerra na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O evento acontecerá nesta terça-feira, 10, dia em que está marcada a votação da PEC do voto impresso. Segundo a Marinha, o comboio formado por veículos blindados, armamentos e outros meios da Força de Fuzileiros da Esquadra passará por Brasília a caminho do Campo de Instrução de Formosa. Lá, acontecerá uma Demonstração Operativa no dia 16 de agosto. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o Ministro da Defesa, Walter Braga Netto, irão receber convites para a demonstração. O evento acontece anualmente, mas, nesse ano, contará também com participação de militares e equipamentos da Força Aérea e do Exército.
A estimativa é de que cerca de 2,5 mil militares participem da ação. “A Operação Formosa tem o propósito principal de assegurar o preparo do Corpo de Fuzileiros Navais como força estratégica, de pronto emprego e de caráter anfíbio e expedicionário, conforme previsto na Estratégia Nacional de Defesa”, afirmou, em comunicado, a Marinha. A demonstração dividiu reações em Brasília. O vice-presidente da CPI da Covid-19, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), foi uma das figuras políticas que se manifestou contra o ato, dizendo que “colocar tanques na rua não é demonstração de força, e sim de covardia”.
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e a deputada federal Tabata Amaral (sem partido) anunciaram que vão entrar com uma ação popular para tentar cancelar a exibição com tanques, blindados e soldados. Eles acreditam que o fato de o desfile ter sido marcado no mesmo dia em que a Câmara analisará a proposta do voto impresso é uma tentativa de Bolsonaro de demonstrar força. “É um absurdo gastar recursos públicos em uma exibição vazia de poderio militar. As Forças Armadas, instituições de Estado, não precisam disso. Os brasileiros, sofrendo com as consequências da pandemia, também não precisam. O Brasil não é um brinquedo à disposição de lunáticos”, criticou Vieira.
Fonte: Jovem Pan
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