Divulgação de carta de suicídio gera movimento para excluir Jair e Eduardo Bolsonaro das redes sociais
O suposto suicídio também foi publicado por seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). No Twitter, ele postou uma foto da carta e expôs imagens do corpo do feirante que teria cometido suicídio na Bahia. Usuários das redes sociais estão cobrando as plataformas para que as postagens sejam removidas
Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Youtube) |
As postagens geraram uma comoção imediata dos usuários, que estão cobrando uma resposta das empresas para que as postagens sejam removidas. Entre as regras e políticas de uso da rede social há um tópico que se dedica especialmenta à políticas de automutilação e suicídio. Segundo o Twitter, não é permitido promover nem incentivar o suicídio ou a automutilação. Além disso, também é proibido compartilhar mídias que apresentem conteúdo com violência gratuita.
O crítico de cinema Pablo Villaça, que sofre de depreção, usou suas redes sociais para explicar a gravidade das postagens:
"Como já compartilhei inúmeras vezes ao longo dos anos através de tweets, posts no FB e em textos no Cinema em Cena, tenho um histórico antigo com depressão e ideação suicida. É algo que busco discutir com frequência até mesmo para demonstrar como não deve ser tratado como tabu.
O que a família Bolsonaro fez hoje (o pai na live; o filho no twitter) é uma das ações mais repugnantes de uma trajetória já repleta de atitudes desumanas, sociopáticas. A exploração de um suicídio para fins políticos é algo que expõe as almas apodrecidas de um clã de canalhas.
Encontro-me, felizmente, em um período estável da depressão; há dias melhores e outros piores, mas há um bom tempo não tenho uma crise profunda, mais perigosa. E MESMO ASSIM o que ocorreu hoje me tirou do prumo, me chacoalhou. Imagino o efeito sobre quem está mais vulnerável.
Bolsonaro é uma ameaça constante: sua política genocida se encarregou de potencializar a ação do coronavirus e já matou mais de 270 mil pessoas; seu descaso para com o meio-ambiente já resultou em aumento colossal em queimadas; e nem quero imaginar o efeito de armar a população. Como se não bastasse, hoje este monumento à mediocridade, esta encarnação do ódio, este fracasso humano ainda ameaçou com todas as letras a realização de um golpe militar. Sem sutilezas, sem figuras de linguagem, sem vergonha alguma. Ameaçou escancaradamente, sem pudor algum. Não é preciso ser um profundo conhecedor de História para saber onde a escalada retórica de Bolsonaro vai parar se não for detida. O tempo para remover este monstro da presidência está acabando; em breve, será tarde demais. Ou o Congresso age ou Bolsonaro o fecha. Simples assim.
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