Levada ao limite: O Grito de desespero Contra o descaso da Equatorial



Uma cena chocante e, infelizmente, reveladora da exaustão dos consumidores brasileiros ganhou as redes sociais esta semana. Em Teresina, Piauí, uma mulher, levada ao limite do estresse, destruiu equipamentos eletrônicos dentro da sede da Equatorial Piauí. O protesto, gravado e viralizado, é mais do que vandalismo; é um grito de desespero contra o mal atendimento e o descaso prolongado de uma concessionária de energia.

A protagonista deste episódio, uma cozinheira, não aguentou mais a situação: 15 dias sem energia elétrica em sua residência. Quinze dias de prejuízos não apenas financeiros, com a perda de alimentos (parte dos quais ela levou e derramou no local demonstrado seu sofrimento), 

Uma bomba relógio emocional

A dor da consumidora é palpável no vídeo. "Eu tô cansada. Eu tô na minha casa sem energia, ligando pra Equatorial, pra ouvidoria, fui na delegacia," ela desabafa, em tom de extrema angústia. A destruição dos 11 equipamentos – monitores e impressoras – é a manifestação física de um estresse acumulado por dias de impotência e frustração.

O desrespeito que causou situação

O estopim para a atitude extrema não foi apenas a falta de luz, mas o completo desrespeito no atendimento. A cliente relata ter sido humilhada e testemunhado funcionários "rindo da situação". Esse é o ponto crucial: por trás de cada protocolo de atendimento, há um ser humano cujos direitos e dignidade estão sendo ignorados.

Essa atitude de escárnio e negligência por parte de alguns trabalhadores da Equatorial é o que transforma um problema operacional (a falta de energia) em uma crise de saúde mental e social.

Respeito: Deveria sewr uma via dupla

É fundamental ressaltar: trabalhadores merecem respeito, e a violência contra o patrimônio ou contra as pessoas não deve ser incentivada. Os funcionários que estão na linha de frente, muitas vezes, também são vítimas da má gestão da empresa.

No entanto, a empresa deve garantir um ambiente de trabalho que permita aos seus colaboradores oferecer um serviço digno e empático (mas infelizmente, não tem) Quando a estrutura da Equatorial falha em resolver um problema por 15 dias e, pior, alguns de seus representantes reagem com escárnio e falta de profissionalismo, a empresa demonstra um desprezo pela vida e pelo sustento de seus clientes.

O ato da cozinheira é um sintoma da falência do serviço. É um espelho que reflete a carga mental esmagadora que recai sobre as mulheres, muitas vezes responsáveis pela organização e manutenção do lar. Ter o trabalho e o sustento (ela é cozinheira) comprometidos por 15 dias, sem solução e ainda sendo ridicularizada, é uma fórmula para o colapso.

O que se espera de uma concessionária não é apenas o fornecimento de energia, mas a empatia e a solução eficiente dos problemas. Este caso reacende a urgência de uma fiscalização rigorosa sobre a atuação da Equatorial no Nordeste, antes que o próximo grito de desespero tenha consequências ainda mais graves.


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